Contrariando afirmação feita por seus representantes em reunião recente com o movimento sindical, o banco HSBC está fechando dezenas de agências em todo o país. Somente em São Paulo foram 17 agências fechadas na semana passada. Também foram extintas unidades em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e outros estados, com mais de duzentos bancários perdendo seus empregos – inclusive trabalhadores lesionados e em estabilidade pré-aposentadoria.
“A atitude do HSBC é um desrespeito aos trabalhadores brasileiros, que deram ao banco lucro recorde no Brasil no ano passado e ajudaram a aliviar os prejuízos da matriz na Inglaterra”, diz Sérgio Siqueira, diretor da Contraf/CUT e funcionário do banco.
Cidades | Fechamento de Agências | Demissões |
Niterói | 3 | 15 |
São Paulo | 17 | 82 |
Ceará | 1 | 8 |
Baixada Fluminense | 5 | 35 |
Porto Alegre | 3 | 12 |
Pernambuco | 1 | 7 |
Carlópolis (PR) | 1 | 2 |
Mato Grosso | 2 | – |
Rio de Janeiro | 4 | 15 |
Seropédia (RJ) | 1 | 1 |
*dados atualizados às 15h. Há ainda várias outras demissões ocorrendo pelo país em que não houve o fechamento de agências.
HSBC – Basta de demissões, explorações e falta de respeito!
A situação dos funcionários do HSBC já é péssima do ponto de vista das condições de trabalho e o principal motivo é a falta de trabalhadores. “O banco está fechando agências e demitindo, mas não vai diminuir o número de clientes. A sobrecarga e o estresse dos bancários só vai aumentar”, afirma Sérgio.
A truculência do banco inglês no tratamento de seus funcionários já havia sido demonstrada recentemente, com a decisão unilateral de descontar da PLR os programas próprios de remuneração atrelados ao cumprimento de metas. “Bancários que haviam se matado de trabalhar o ano todo descobriram ao receber a PLR que o esforço havia sido em vão. Muito não receberam nada de PPR”, afirma Sérgio. Enquanto isso, diretores do banco e regionais receberam alguns milhões de participação nos lucros.