A greve nacional dos bancários, deflagrada nesta terça-feira, dia 27, começou com força em todo país. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários, a paralisação já acontece em 25 estados e no Distrito Federal, paralisando agências de bancos públicos e privados.
O único estado sem greve é Roraima, onde ocorre assembleia dos bancários no início da noite desta terça-feira para decidir a adesão ao movimento.
Os bancários entraram em greve, após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.
Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, “a força da greve nacional mostra a enorme insatisfação dos bancários diante da proposta insuficiente da Fenaban, que representa apenas 0,56% de aumento real, não avança no emprego e nas condições de saúde, trabalho e segurança e não melhora o atendimento aos clientes”.
A categoria quer reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.
“Com a força da greve, esperamos retomar as negociações com a Fenaban e conquistar uma proposta decente para os bancários. Os bancos obtiveram lucros acima de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre e têm plenas condições de atender as reivindicações da categoria e oferecer contrapartidas sociais para o desenvolvimento do país”, defende Carlos Cordeiro.
A greve também cobra avanços nas negociações específicas com os bancos públicos federais e estaduais.