Mobilização dos bancários de Belo Horizonte por proposta decente
Deflagrada no dia 27 de setembro, a greve nacional dos bancários completou nesta terça-feira (4) oito dias, com um número de paralisações cada vez maior.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reuniu na segunda e terça-feira, em São Paulo, para orientar os sindicatos a intensificarem as ações para mobilizar os bancários e ampliar ainda mais a greve em todo país, uma vez que a Fenaban permanece em silêncio.
Nesta terça-feira, às 11h30, os bancários de BH e região realizaram assembleia em frente o prédio do Banco do Brasil, na rua Rio de Janeiro, 750, no centro da Capital, onde deliberaram pela continuidade da greve por tempo indeterminado.
Os bancários decidiram também durante a assembleia desta terça-feira, pela realização nesta quarta-feira (5) do Dia do preto, em que todos os bancários devem ir para as ruas vestidos de preto para denunciar à população o desrespeito dos banqueiros com a categoria. Eles até agora não se manifestaram para marcar uma nova negociação com os trabalhadores, a fim de apresentar uma proposta digna.
Às 15 horas desta quarta-feira será realizado ato público em frente à agência Século da Caixa Econômica Federal (rua Carijós), seguido de nova assembleia e passeata pelas principais ruas do centro da capital mineira.
O presidente do Sindicato, Cardoso, ressaltou a disposição do Comando Nacional que sempre apostou no diálogo e na negociação para resolver o impasse.
“Ao contrário do que é afirmado no site da Fenaban e em outros veículos de comunicação, são os bancos que resistem em apresentar uma proposta digna para a categoria. Nós do Comando Nacional estamos dispostos a negociar e para isso ficamos de plantão todo o dia de hoje, mas os representantes dos bancos não fizeram nenhum aceno nesta direção. Por isso, vamos intensificar ainda mais a mobilização para pressionar os banqueiros a retomarem as negociações e apresentar uma proposta digna para a categoria”, afirmou.