Greve em Londrina paralisa 65 agências com adesão de 1.490 bancários

A greve da categoria na base do Sindicato dos Bancários de Londrina está forte neste sétimo dia de movimento pela conquista do emprego decente na Campanha Nacional Unificada 2011. Segundo Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato, foram fechadas 65 agências nesta segunda-feira, dia 3, com a adesão de 1.490 bancários.

“A categoria sabe que a unidade é fundamental para ampliar as conquistas e está participando da greve, paralisando as atividades para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta que se aproxime das nossas reivindicações”, afirma Wanderley.

No Paraná, conforme levantamento feito pela Fetec-CUT/PR, nas 10 bases sindicais filiadas à entidade a greve já atinge 616 agências, o que representa a adesão de 14.870 bancários no movimento.

Continua a truculência no BB

O BB teve seu pedido de interdito proibitório negado pela Justiça do Trabalho de Londrina na quinta-feira (29/09). Pelo Mandado de Segurança, conseguido às 19h20 de sexta-feira (30/09), o BB obteve liminar determinando ao Sindicato que não empregue força física para coibir o acesso às agências bancárias da empresa.

Em todas as agências bancárias de Londrina, de todos os bancos, não se registrou nenhum incidente. “O que temos presenciado é a prática da truculência por parte da Superintendência Regional do Banco do Brasil, que tem cobrado de seus gestores uma suposta “liderança”, palavra que quer dizer pressão descabida em cima dos funcionários”, ressalta Wanderley.

“Tanto é assim que o BB se utilizou de um instrumento como o interdito proibitório. Não temos lembrança do uso de tal recurso pelo BB aqui na região. De fato, vai entrar para história o comportamento truculento e antissindical adotado este ano aqui em Londrina”, acrescenta Wanderley.

O Sindicato tem relatos de que, desde sexta-feira, os funcionários têm recebido ligações dos gestores determinando a entrada nas agências. Os gestores têm falado que o BB conseguiu uma liminar na Justiça dizendo que o banco tem que abrir e os funcionários têm que entrar.

“O Banco não respeita a Lei de Greve, assedia seus funcionários e adota práticas que merecem repúdio. O clima entre os funcionários está muito ruim por conta da pressão e do constrangimento provocado pelo Regional”, declara Gisa Bisotto, secretária geral do Sindicato.

Vale lembrar que o acionista majoritário do BB é o Governo Federal, que passa a ter responsabilidade sobre estas práticas antissindicais adotadas pelos gestores.

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