A maioria dos bancários de bancos públicos e privados paralisou nesta quarta-feira (29) suas atividades em Rio Branco, na luta por uma nova proposta da federação dos bancos (Fenaban), com aumento real nos salários, PLR e piso maiores, e melhores condições de trabalho.
De acordo com a direção do Sindicato dos Bancários do Acre, após balanço da paralisação realizado na tarde desta quarta-feira, constatou-se que 10 agências, num total de 18, fecharam as portas na capital acreana, abrangendo cerca de 300 dos quase 500 bancários.
A greve chega nesta quinta-feira ao seu segundo dia, com perspectiva de crescer ainda mais, segundo adiantou a presidente do Sindicato dos Bancários, Elmira Farias, não descartando que o movimento grevista comece a atingir o interior do estado.
Exemplo disso foi a paralisação neste primeiro dia de greve da agência Banco da Amazônia, em Feijó, assim como a agência do Banco do Brasil, em Senador Guiomard. Já a agência do Banco da Amazônia, em Brasiléia, parou parcialmente.
Na cidade de Cruzeiro do Sul, funcionários do Banco do Brasil e do Banco da Amazônia também demonstraram vontade de aderir ao movimento grevista.
Reivindicação
A categoria quer aumento de 11%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.
A greve foi votada em assembleia na noite da terça-feira por cerca de 150 trabalhadores que também rejeitaram proposta feita pela federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%).
O diretor do Sindicato dos Bancários do Acre e funcionário do Banco Itaú há quase 25 anos, Raimundo Nonato da Conceição, diz que a greve não é apenas pela melhoria da proposta salarial, mas por uma política de valorização da categoria, com menos metas e mais qualidade de vida.