Ao completar sete dias na terça-feira, 5 de outubro, a greve nacional dos bancários cresceu em todo o país. Na base de Belo Horizonte e Região, o movimento se ampliou na capital e se alastra pelo interior do Estado.
Em Belo Horizonte, 90% das agências da Caixa Econômica Federal aderiram ao movimento e no interior entraram em greve as agências de Betim, Boa Esperança, Brumadinho, Caeté, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Itabira, Juatuba, Mariana, Mateus Leme, Nova Lima, Ouro Branco, Ouro Preto, Itaúna, Pará de Minas, Pitangui e Pompéu, dentre outras.
No Banco do Brasil, o movimento já atinge 65% das agências da capital, além de cidades do interior como Juatuba, Lagoa Santa, Mateus Leme e Pedro Leopoldo. Além disso, cerca de 30 agências de bancos privados paralisaram suas atividades.
Em assembleia da categoria realizada em frente a agência do Banco do Brasil, na rua Rio de Janeiro, os trabalhadores decidiram pela continuidade do movimento.
A paralisação por tempo indeterminado foi decidida em assembleias realizadas pelos bancários de todo o país no dia 28 de setembro para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta que contemple suas reivindicações.
A categoria reivindica: 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, PLR maior, medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos e mais segurança.
Para Cardoso, presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, estes sete dias de greve vêm demonstrando a disposição da categoria em fortalecer ainda mais a mobilização para forçar os banqueiros a atenderem as reivindicações dos trabalhadores.
“Apesar da truculência dos bancos privados que insistem em usar o interdito proibitório na tentativa de intimidar os bancários e esvaziar a nossa greve, o movimento só vem crescendo a cada dia. Prova disso é o número cada vez maior de bancários do interior que vem aderindo ao movimento”, ressaltou