O Comando Nacional dos Bancários retomará as negociações com a Fenaban nesta quinta-feira, dia 1º de outubro, às 10h, em São Paulo. Os bancos decidiram procurar a representação dos trabalhadores no sexto dia da greve nacional da categoria, que cresceu novamente e paralisou 6.449 agências em todo o país, segundo levantamento Confederação Nacional dos Trabalhadores Financeiros (Contraf-CUT) com base nos dados dos sindicatos. O número representa um crescimento de 11% em relação às 5.786 agências fechadas na segunda-feira.
Nesta quarta-feira 30, haverá negociação com o Banco do Brasil, também em São Paulo, para prosseguir as negociações das questões específicas. Na quinta, 1º de outubro, às 15h, será a vez da Caixa Econômica Federal retomar o processo de negociações, também na capital paulista.
“A greve vem crescendo dia após dia em todo o país e foi essa pressão dos trabalhadores que fez com que os bancos nos procurassem para a retomada das negociações”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “Esperamos agora que a Fenaban traga propostas sérias e concretas que contemplem as justas reivindicações da categoria”, conclui.
Proposta rebaixada levou à greve
A última negociação aconteceu no dia 17 de setembro, quando os banqueiros apresentaram uma proposta rebaixada de 4,5% de reajuste para os trabalhadores, além de uma PLR menor do que a do ano passado. No dia 23, os bancários decidiram em assembléias em todo o país entrar em greve por tempo indeterminado.
No último sábado, o Comando Nacional, após reunião de avaliação da greve, encaminhou correspondência à Fenaban cobrando a retomada das negociações e reforçando as reivindicações da categoria. No documento, a representação dos bancários “reafirma que a proposta para atender às necessidades dos trabalhadores precisa contemplar aumento real de salário, melhoria da PLR, valorização dos pisos salariais, uma política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos”.