Movimento deve crescer nos próximos dias
Os bancários e bancárias do Distrito Federal começaram a greve por tempo indeterminado com o pé direito. Nesta quinta-feira (19), primeiro dia da paralisação nacional da categoria, mais de 70% das agências e postos de atendimento bancário (PABs) das instituições financeiras públicas e privadas de Brasília ficaram fechadas. Forte, o movimento deve crescer nos próximos dias.
A categoria deflagrou greve por tempo indeterminado na noite desta quarta-feira (18) após rejeitar, em assembleia geral realizada na Praça do Cebolão, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 6,1% (reposição da inflação do período) e as específicas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BRB.
“Mesmo integrando o setor mais lucrativo da economia brasileira, os bancos negam aumento real e melhores condições de trabalho para os bancários, verdadeiros responsáveis pelos lucros astronômicos das instituições financeiras. Contra a intransigência dos banqueiros, intensificaremos o nosso movimento”, destacou o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.
A greve segue por tempo indeterminado, já que os bancos não agendaram nova rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários e não há, portanto, nova contraproposta a ser apreciada pela categoria.
“Conclamamos a todos os bancários e bancárias que venham participar dos comitês de esclarecimento para fortalecer ainda mais nosso movimento. Unidos, teremos mais chances de sairmos vitoriosos da Campanha Nacional 2013”, salientou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wescly Queiroz.
Em assembleia organizativa realizada no início da noite desta quinta-feira (19), o Sindicato informou que reforçará os comitês de esclarecimento e pediu mais empenho e participação dos trabalhadores na mobilização.
Segunda tem nova assembleia
Nova assembleia organizativa do movimento será realizada nesta segunda-feira (23), às 17h30, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul.
Principais reivindicações
Piso salarial de R$ 2.860,21;
Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real, além da inflação);
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês;
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral;
Emprego: mais contratações, aumento da inclusão bancária;
Aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.