Gestor do Bradesco de Campina Grande tenta usar a greve como trampolim

Até nos momentos difíceis tem sempre alguém querendo tirar proveito da situação e tentando subir à custa dos outros. Nesta greve não está sendo diferente. A figura da vez é o gerente do Bradesco agência Borborema, Roberth Barbosa Estevão.

Se valendo de um interdito proibitório, o capacho da gerência regional transformou em verdadeiro inferno a vida dos funcionários daquela agência, pressionando-os a todo o momento e obrigando alguns a permanecer boa parte do dia dentro de um carro no estacionamento do banco.

A tortura psicológica teve inicio logo no primeiro dia de paralisação, quando o algoz ameaçou até chamar a policia na vã tentativa de abrir a unidade. Mesmo cientificado de que não se tratava de um caso de policia e sim de um direito da categoria de fazer greve, o ignóbil administrador queria “mostrar serviço” ao patrão de todo jeito.

No segundo dia do movimento, o servo Roberth, acompanhado de um oficial de justiça e de uma advogada, provou toda sua subserviência e insolência ao dirigir-se até a agência centro com o objetivo de abri-la, assediando moralmente os funcionários que haviam aderido ao movimento. Saiu desmoralizado, pois a unidade continuou fechada. De quebra, ainda ganhou a ira dos colegas de banco, que viram no ato, além da adulação ao superior, um toque de esperteza para, quem sabe, num futuro próximo ser promovido para uma agência de maior porte, podendo até mesmo ser a própria agência centro.

Na sexta-feira, o sabujo do regional passou quase todo o horário do expediente tentando abrir à agência via justiça. Houve pressão até para que funcionários fossem à Justiça do Trabalho denunciar que o Sindicato estaria descumprindo um interdito, o que é desmentido pelo próprio fato dos oficiais de justiça não terem constatado nenhuma irregularidade na greve dos bancários.

Mostrar serviço ao patrão a qualquer preço às vezes custa caro. São vários os casos de puxa-sacos que, após muita bajulação, receberam como prêmio uma demissão sumária. O Bradesco é campeão nessa arte. Sabe como ninguém transformar o bajulador de hoje no desempregado do amanhã.

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