Funcionários do Santander conquistam avanços no atendimento de saúde

Os bancários conquistaram avanços importantes na reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander, ocorrida na tarde desta quarta-feira, dia 2, em São Paulo. Entre os principais pontos, estão conquistas na área de saúde. Também foi assegurado importante avanço na informação sindical.

“Conseguimos que o banco garantisse alguns procedimentos padronizados em questões que vêm trazendo problemas para os bancários há anos, em especial relacionados a questões de saúde”, disse a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.

“Houve avanços em pontos importantes, especialmente em questões ligadas aos trabalhadores afastados, e saímos satisfeitos com o resultado da reunião”, afirma Marcelo Pereira de Sá, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Informação sindical

Foi garantida a inserção de um link para o site da Contraf-CUT na intranet do Santander, o que é uma conquista inédita no movimento sindical dos bancários. O compromisso já havia sido assumido pelo banco durante as recentes negociações do acordo aditivo.

INSS

A direção do Santander confirmou que todos os bancários do grupo que se afastarem por mais de 15 dias por problemas de saúde terão garantido pelo banco o recebimento dos salários até que a situação se regularize junto ao INSS.

Exame de retorno e ASO

O Santander também garantiu que vai reduzir o tempo de espera para a realização do exame de retorno, que deve ser realizado depois que o bancário recebe alta do INSS – hoje chega a demorar até 20 dias. “Além de reduzir o prazo, o banco assumiu a responsabilidade pelo pagamento do salário no período entre a alta e a avaliação pelo médico do banco, sempre”, disse Rita.

E mais. Até hoje, era comum nas clínicas terceirizadas que faziam os exames de retorno que o bancário fosse obrigado a assinar o ASO (a guia onde é declarado se ele está ou não apto ao trabalho) em branco, antes do exame. “O banco não só informou que vai orientar as clínicas a pedir a assinatura só depois de terminados os exames como vai deixar essa orientação escrita de forma bem clara no próprio documento. E também acertou que o bancário vai receber uma cópia do relatório emitido pelo médico”, disse.

Acompanhamento

O Santander disse que vai fazer com que o PAP, órgão de acompanhamento dos bancários que estavam afastados e voltam ao trabalho, tenha uma postura mais pró-ativa. O órgão tinha até hoje uma ação mais reativa. “Isso é importante em especial para bancários que receberam autorização para ‘retorno gradual’ ou ‘com restrições’, que precisam de um acompanhamento mais de perto”, diz Rita.

“São pequenas grandes vitórias, que agora ficam garantidas. Quem já passou por constrangimentos de ficar meses sem receber salários por conta das confusões e falta de padronização dos procedimentos de RH do banco sabe a importância dessas conquistas”, disse o diretor do Sindicato João Roberto Almeida.

Prazos, PP e PR

As conquistas vão ainda além. A partir de agora o banco se compromete a dar em até 15 dias um parecer sobre a situação do bancário que passa pelos exames de retorno (se apto ou se inapto) e de deixar claro para todos os trabalhadores os procedimentos necessários para dar andamento adequado aos seus processos, seja no INSS seja nas clínicas do banco. Além disso, o banco garante os salários em dia no período em que os bancários aguardarem as datas para os exames nos casos de Pedidos de Prorrogação (PP) e Pedidos de Reconsideração (PR).

Exame demissional e GOE

O banco estabeleceu a marcação de um novo exame demissional quando o bancário por algum motivo não puder comparecer na data marcada. E os bancários que por alguma razão sejam levados ao GOE ou ao GOI têm direito a uma cópia do processo dentro do qual estão inseridos.

Reivindicações

“Foram muitas as conquistas, mas a lista de reivindicações não atendidas também é grande”, diz João Roberto. Ele cita entre elas a extensão da assistência médica para os pais dos bancários e a possibilidade de extensão da assistência para os bancários que se aposentam nos mesmos termos em que valia quando na ativa. Com relação às bolsas de estudo, a reivindicação é de extensão do auxílio-educação para os cursos de pós-graduação e cursos de idiomas.

“Além disso, queremos isonomia total no PCS. Quem faz o mesmo serviço deve ganhar o mesmo salário, e reivindicamos que o banco desenvolva uma cesta de serviços específica para seus funcionários. É inaceitável que o banco que diz querer ser o melhor banco do Brasil para se trabalhar busque lucrar com serviços prestados aos seus funcionários”, conclui Rita.

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