(Rio de Janeiro) O Procon da cidade de Uberaba-MG pôs um limite à ação das financeiras que atuam no município. O órgão notificou todas as 11 empresas, que não poderão mais abordar clientes na rua para convencê-los a contratar operações de crédito, nem prometer “dinheiro fácil” em peças de propaganda.
O coordenador do órgão ressaltou que a atividade das financeiras é “repugnante”, porque são abordadas preferencialmente pessoas idosas ou de aparência pobre, que não oferecem resistência aos apelos dos chamados “divulgadores”. Os consumidores são engambelados por funcionários das financeiras – que são pressionados para cumprir metas de vendas cada vez mais elevadas – e acabam recorrendo ao Procon em busca de reparação pelos prejuízos que tiveram em conseqüência da contratação impulsiva do serviço oferecido.
Para o Procon de Uberaba, empréstimo é coisa séria, que não deve ser feita na rua. As empresas também foram obrigadas a apresentar autorização do Banco Central para exercer a atividade, CNPJ e modelo dos contratos de todos dos serviços que prestam.
O coordenador do órgão argumentou que a propaganda usada pelas financeiras é enganosa e que a abordagem dos clientes na rua infringe um artigo do Código de Defesa do Consumidor que reprime ações junto a consumidores com capacidade de entendimento reduzida pela idade ou condição social, entre outras razões.
O Procon-Uberaba já adiantou que a próxima grande ação do órgão será voltada para o combate às filas nos bancos.