Compromisso da candidata Dilma é para que a “Caixa continue voltada à Nação”
A Fenae sempre esteve ao lado dos empregados da Caixa Econômica Federal na defesa do papel social do banco e de sua atuação em todos os nichos de mercado. Essa é uma das formas de fortalecê-la como instituição pública. O projeto do movimento organizado dos empregados é de um banco que priorize o país.
Em defesa dessa proposta, a Fenae divulgou editorial no qual diz ser necessário debate substancial sobre o papel social da Caixa. Na disputa das eleições presidenciais, em segundo turno, há dois projetos antagônicos em torno do modo como a empresa deve ser conduzida no próximo período. É dito, por exemplo, que o melhor projeto é da candidata Dilma Rousseff, cujo compromisso é para que “a Caixa continue voltada à Nação, sendo tocada por muita gente e para muita gente”.
É lembrado também que a privatização ou a redução das funções do banco, como defende o projeto de conteúdo neoliberal, não a tornará mais eficiente. Confira, abaixo, a íntegra do editorial divulgado nesta quinta-feira (23).
MELHOR SUBSTANTIVAR
“A Caixa Econômica Federal, empresa que admite empregados por meio de concurso público, tem entre seus trabalhadores muitos e muitos pais e filhos, companheiras e companheiros, genros, sogras, sogros e noras, divorciados ou divorciadas, pessoas que vivem em união estável. Em muitos casos, essas pessoas se conheceram na empresa. Em todos eles, têm o mesmo ambiente por abrigo.
“Curiosa situação, certamente fruto da dimensão da Caixa. Mas o que se quer ressaltar aqui não é o ambiente familiar. É a necessidade de gente. Isso mesmo, gente, essencial por mais que se automatizem processos. E essa gente se envolve com a empresa, mesmo que a todos nós – um dia recém-admitidos – tenha passado distante a pretensão de seguir neste banco público por anos e anos. Anos e anos, a tempo de testemunhar filhos concursados.
“A Caixa exerce certo fascínio, mesmo que em um momento ou outro a odiemos. Ela nos é indissociável. Portanto, a vontade de vê-la crescer – e não duvidamos da possibilidade de uma empresa desse tamanho ainda crescer – talvez seja a melhor tradução desse fascínio.
“Por se tratar de empresa pública, o Estado é seu controlador e o governo, seu gestor. Assim, quando se escolhe o chefe de Estado, se escolhe indiretamente o gestor. Quando se escolhe o chefe de Estado, se define a política pública e a missão que se atribui a essa empresa.
“Acreditamos no debate substantivo e não adjetivo. Por isso, defendemos a Caixa como instituição pública, pois representa o projeto para que o envolvimento de 70 milhões de clientes – em um país com 60 milhões de famílias – se dê não apenas com seus produtos e serviços, mas também em razão das políticas de Estado, tão necessárias a um Estado que ainda deve muito a muita gente.
“Privatizar a Caixa ou reduzir suas funções não a fará mais eficiente. Ao contrário, apenas a excluirá do mercado, largando recursos a alguns poucos donos de capital, que realizarão seus lucros ou se esconderão com bolsas repletas diante de qualquer sinal de risco.
“Por isso, o melhor projeto é o da candidata Dilma Rousseff. Por isso, votamos Dilma. Com ela, a Caixa continuará voltada à nação, será tocada por muita gente e para muita gente”.
Fenae