ES: bancários do HSBC protestam contra demissões e fechamento de agências

Os bancários do HSBC promoveram nesta sexta-feira, 20, manifestações e paralisações em agências do HSBC de vários locais do país para pedir o fim das demissões e do fechamento de agências, bem como a reintegração dos bancários demitidos que desejarem retornar à empresa. No Espírito Santo, houve panfletagem nas agências de Guarapari, Campo Grande, Centro Vila Velha, Glória, Enseada do Suá, Praia do Suá e Centro Vitória. Nessa última unidade, três demissões ocorreram nesta semana.

Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários/ES Ricardo Rios, o supervisor de agências do HSBC no Espírito Santo, Jonis Emerich, confirmou nesta sexta a fusão das agências Centro Vitória e Enseada do Suá. A agência do Centro da capital vai funcionar até o dia 17 de abril. Ele garantiu, no entanto, que não ocorrerão outras demissões e fechamento de agências no Estado.

As demissões ocorridas nesta semana fazem parte de uma política do banco inglês que está deixando desempregados em todo o país, dentre esses, trabalhadores lesionados e em estabilidade pré-aposentadoria, inclusive. O banco também está fechando agências, o que contraria as garantias dadas por seus representantes em reunião recente com o movimento sindical. Somente em São Paulo foram 17 agências fechadas na semana passada. Também foram extintas unidades em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e outros estados, com mais de duzentos bancários perdendo seus empregos.

Em carta aberta distribuída nacionalmente aos clientes e funcionários do HSBC, os sindicatos de bancários denunciam: “A atitude do HSBC é um desrespeito aos trabalhadores brasileiros, que deram ao banco lucro recorde no Brasil no ano passado (R$ 1,35 bilhão, 9% maior que em 2007 e recorde histórico para a empresa) e ajudaram a aliviar os prejuízos da matriz na Inglaterra. As demissões irão piorar ainda mais a situação dos funcionários do banco inglês, grandes responsáveis por esse resultado. Os bancários já sofrem com péssimas condições de trabalho e o principal motivo é a falta de trabalhadores. Agora, o banco está fechando agências e demitindo, mas não vai diminuir o número de clientes. Ou seja, a sobrecarga e o estresse dos bancários só vão aumentar”.

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