Encontro de Mulheres Bancárias do RJ e ES reforça luta pela igualdade

Participantes decidiram refundar coletivo interestadual de mulheres

As bancárias do Rio de Janeiro e Espírito Santo voltam a ter um grupo de discussão permanente das questões das mulheres. Foi refundado na quarta-feira (10) o Coletivo de Mulheres Bancárias do RJ e ES, reunindo dirigentes sindicais e bancárias de base. A decisão foi tomada durante o II Encontro Interestadual de Mulheres Bancárias do RJ e ES, que aconteceu na sede da Federação, no centro do Rio.

A participação no coletivo é aberta a qualquer bancária, seja dirigente ou não, mas cada sindicato deverá formalizar sua participação. O encerramento desta reunião inaugural de refundação definiu os nomes das representantes de cada entidade filiada e a data da próxima reunião: 21 de maio. No segundo encontro será formalizada a coordenação do coletivo e a minuta de propostas que a base da Federação vai levar para o Encontro Nacional de Mulheres Bancárias.

Além da refundação do coletivo, o evento contou com palestras proferidas pela técnica do Dieese, Carolina Gagliano, que abordou o emprego bancário, e pela secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Deise Recoaro.

Após a pausa para o almoço, a diretora da Contraf-CUT, Jô Portilho conduziu uma dinâmica que provocou as bancárias para a criação do coletivo.

O encontro teve ainda uma presença especial: a advogada e ex-bancária do Bradesco, Giowana Cambrone Araujo. Mulher transexual, ela foi demitida do banco por sua identidade de gênero. Giowana falou da condição das mulheres trans na sociedade, sobretudo no mercado de trabalho, que lhes reserva somente duas carreiras: cabeleireira e prostituta.

“Não que haja algum problema com essas profissões. Se quer ser cabeleireira, vá ser, e seja feliz. A mesma coisa com a prostituta, que esta é uma profissão como outra qualquer. Mas tem que ser opção, não as únicas profissões possíveis”, defendeu Giowana. A prova disso, segundo ela, é o espanto das pessoas quando ela se identifica como advogada.

A secretária para Questões da Mulher da Federação, Iracini da Veiga, considerou o evento muito produtivo. “Foi dado um importante passo para que, juntas, possamos construir uma grande caminhada na construção de propostas e ações para um mundo mais justo e igualitário”, concluiu Iracini.

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