Em Teresina, mobilização contra PL 4330 reúne bancários e várias categorias

Manifestantes caminharam pelas principais ruas do centro de Teresina

A massa trabalhadora, representada pelos principais sindicatos do Piauí, foi às ruas de Teresina nesta quarta-feira (15), protestar contra o Projeto de Lei 4330. Com palavras de ordem, bancários do Piauí, auditores fiscais, previdenciários, urbanitários, comerciários, servidores federais e municipais, aeroviários, confecções, construção civil, professores, domésticos, autoescola, alimentação, Embrapa, vigilantes, Movimento de Mulheres em Luta e IBGE, dentre outros, marcaram presença no Dia Nacional de Luta organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PI) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além da Central Sindical e Popular (CSP).

A concentração aconteceu na Praça Rio Branco, onde vários sindicalistas fizeram discurso contra o PL 4330. Ariamtea Passos, presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, disse que se o projeto for aprovado, vai dizimar os trabalhadores de várias categorias.

“Precisamos ficar atentos e promover manifestações e mobilizar os movimentos sociais, bem como informar à população sobre os prejuízos que o PL 4330 vai trazer à classe trabalhadora e a sociedade”, explica.

Os manifestantes, munidos com faixas, cartazes, bandeiras, apitos e carro de som, saíram em caminhada pelas principais ruas do centro comercial de Teresina, convocando os trabalhadores a aderir ao movimento. Por onde passavam, os lojistas fecharam as portas dos estabelecimentos comerciais em adesão ao movimento de protesto contra o PL 4330.

O diretor do Sindicato João Neto, que esteve recentemente acompanhando de perto a grande mobilização contra votação do PL 4330 em Brasília, repassou a todos a indignação da classe trabalhadora.

“O projeto, da forma como está sendo colocado, vai levar o trabalhador de volta para senzala”, resume.
“Não aceitamos a terceirização”, disse outro sindicalista, enquanto uma verdadeira multidão se formava nas ruas de Teresina neste dia de luta, cuja manifestação acontece simultaneamente em todas as cidades brasileiras.

Já o presidente da CUT-PI, Paulo Bezerra, fez questão de afirmar que o movimento é pacífico e, somente se todos estiverem unidos, vão poder barrar o projeto 4330 no Senado.

“Nosso sentimento é de revolta, mas não podemos ficar parados diante de uma situação dessas. Não podemos permitir que o trabalhador seja penalizado”, frisa, acrescentando que essa luta é para garantir as conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

A manifestação encerrou em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na Avenida Frei Serafim, onde deram continuidade aos discursos de repúdio ao PL 4330.

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