Em 2007, foram registradas 316 greves que resultaram na paralisação de quase 29 mil horas de trabalho em todo o país. Desse total, 161 (51%) foram empreendidas pelos trabalhadores da esfera pública, que compreende o funcionalismo público nos âmbitos municipal, estadual e federal, além dos empregados em empresas estatais. Outras 149 (47%) foram realizadas na esfera privada, por trabalhadores da indústria, dos serviços e do setor rural.
Os dados foram extraídos do SAG-DIEESE – Sistema de Acompanhamento de Greves, concebido e elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE -, que reúne informações sobre as paralisações deflagradas no Brasil desde 1983, e conta, atualmente, com cerca de 18 mil registros. As fontes para o levantamento dos dados são os jornais impressos ou eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical.
O número de paralisações cresceu em relação a 2006, quando o Dieese havia registrado 320 greves. Em 2005 e 2004, ocorreram 299 e 302 paralisações, respectivamente.
Na avaliação do Dieese, a menor participação dos trabalhadores do setor privado é explicada, em parte, pela “insegurança e a fragilidade do vínculo empregatício na esfera privada”, que permite aos patrões utilizar o “recurso da dispensa imotivada, freqüentemente utilizada para coibir as mobilizações”. Além disso, a inexistência de data-base é um motivador das mobilizações na esfera pública.
Veja aqui a íntegra do relatório do Dieese .