Há exatamente 41 anos, no dia 21 de março de 1960, aconteceu em Sharpeville, nos arredores de Joanesburgo, na África do Sul, um massacre de negros que protestavam pacificamente contra a “Lei do Passe”. A lei, que limitava os locais onde os negros podiam circular nas cidades, era uma das instituições mais odiadas do apartheid (regime de segregação racial mantido pelo governo sul-africano de 1948 a 1990).
A polícia recebeu os milhares de manifestantes com rajadas de metralhadoras. O saldo final foi de 69 assassinados (entre eles, 19 crianças) e 186 feridos. Em memória à tragédia, que ficou conhecida como o Massacre de Shaperville, a ONU instituiu o 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Deise Recoaro, “é uma data oportuna para a reflexão e o diálogo com a sociedade, buscando reforçar a luta contra todo e qualquer tipo de racismo e preconceito no mundo”.
“Nos últimos anos, ocorreram vários avanaços, mas ainda existe um longo e difícil caminho a ser trilhado para a humanidade quitar a divida histórica com a raça negra e a garantir igualdade de oportunidades”, destaca a dirigente sindical.