Manifestações foram promovidas nesta terça-feira, dia 31, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo em todas as regiões da capital paulista, durante o Dia Nacional de Luta contra o Assédio Moral e as Metas Abusivas. A mobilização é parte das atividades da Campanha Nacional Unificada 2010.
Na véspera de mais uma rodada de negociações com os banqueiros, marcada para ocorrer nesta quarta, dia 1º de setembro, e quinta, dia 2, as manifestações levaram aos bancários à discussão de temas relacionados à saúde e à segurança.
“Os bancos têm a obrigação de mudar essa realidade. Não podem mais compactuar com o adoecimento dos trabalhadores e nem desperdiçar mais essa oportunidade de contratar uma política, que traz medidas práticas na busca por melhorias nas condições de trabalho”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.
“A pressão por metas e o assédio moral são males presentes no dia a dia do trabalho e responsáveis pelo crescimento de doenças mentais na categoria, como o stress pós-traumático, a síndrome do pânico e a depressão, além das LER-Dort”, acrescentou.
Na região central, o Sindicato esteve presente com som e distribuição de Folha Bancária no Complexo São João, no prédio da XV de novembro do BB e no Itaú Unibanco da Praça do Patriarca. Foram distribuídas camisetas e fitas verdes com a inscrição: Um outro banco é preciso sem assédio moral e metas abusivas. Este ano, a Campanha está divida em cores de acordo com as reivindicações. Verde é a cor da saúde, vermelho da mobilização, amarelo do dinheiro, branco da paz, da união.
Na zona sul, o dia de luta aconteceu no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic), e nos Casas 1 e 2 do Santander. Os protestos chegaram ainda à Cidade de Deus do Bradesco, em Osasco, no Bradesco Prime, da Avenida Paulista, no CPD Marambaia do BB, na zona norte, no Centro Administrativo Itaú Unibanco, na zona oeste, e no Centro Administrativo Tatuapé (CAT), na zona leste.
Reivindicações
Os bancários querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma política de prevenção ao assédio moral nos bancos, que inclua: condenação por parte da empresa a qualquer ato de assédio; treinamento que aborde o tema e as formas de evita-lo; implementação de um canal de denúncias, com prazo para apuração e retorno ao Sindicato.
Entre as principais reivindicações da pauta de segurança bancária, estão assistência às vítimas de assalto e seqüestro, medidas de prevenção contra ataques a bancos e adicional de risco de vida.
Outras demandas são garantias de assistência às vítimas de sequestros e a todos os que estiveram no local de assaltos, bem como atendimento médico e psicológico, fechamento da unidade no dia da ocorrência, emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e acompanhamento de advogado do banco para identificação de suspeitos na polícia.