Desafios da tecnologia da informação são explicitados por debate do Conecef

Rede de Comunicação dos Bancários
Evando Peixoto/Fenae e Seeb Brasília

No debate sobre tecnologia da informação realizado na tarde desta segunda-feira, no 24º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), expôs os grandes desafios enfrentados pela empresa nessa área. A vice-presidenta de TI da Caixa, Clarice Coppetti, foi a expositora do painel sobre o assunto.

Clarice fez uma radiografia da grandiosa e complexa estrutura da empresa para o enfrentamento da demanda do Estado brasileiro em programas sociais e para a cada vez mais acirrada competição no mercado. As soluções em tecnologia, segundo ela, buscam acompanhar o forte ritmo de crescimento das operações.

A Caixa possui 46 milhões de contas, incluído as contas correntes, as Caixa Fácil e as de poupança. Esse número era praticamente a metade em apenas cinco anos atrás. Hoje, são realizadas cinco milhões de transações por mês – 320 milhões em transações financeiras e 180 milhões em transações com jogos. O cadastro único dos programas sociais inclui cinco milhões de pessoas

A capacidade total de processamento da empresa é de 56.766 transações por segundo. O site da instituição atingiu a marca de 100 milhões de acessos por mês.

A Caixa opera com 2.400 agências/postos de atendimento (PABs), 8.871 lotéricas, 7.090 correspondentes bancários, 2.380 salas de auto-atendimento e 1.050 postos de atendimento especial (PAEs).

São ligados diretamente à área de tecnologia 2.609 empregados, número correspondente a 3% do total de trabalhadores da empresa. Estão também vinculados à vice-presidência de Tecnologia (Vitec) outros 12.425 empregados da retaguarda (17% do quantitativo total).

A vice-presidenta da Caixa lembrou que as demandas à área de tecnologia tornaram-se ainda mais pesadas a partir de 2004, pela decisão de internalizar sistemas de loterias, penhor, crédito educativo, gestão do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS) e material permanente. Segundo ela, estão em andamento projetos para adoção desse mesmo tipo de iniciativa no auto-atendimento, no processamento de cartões e nas operações imobiliárias.

Clarice destacou a dificuldade na retenção de quadros em tecnologia da informação, dada a forte disputa por profissionais da área pelo mercado, e também na contratação de empresas devidamente qualificadas para realização de projetos – muitas que concorrem e vencem em pregões nem sempre estão habilitadas para aquilo que se pretende realizar. Outro problema apontado foi a dependência de fábricas de software.

Entre as apostas da Vitec para enfrentar os desafios da área, segunda a vice-presidente, está a qualificação dos empregados. Muitos prestadores de serviços com boa qualificação têm sido substituídos por contratados por concurso que necessitam de aperfeiçoamento técnico. Durante o debate posterior à exposição de Clarice, os delegados do Conecef cobram maior investimento em capacitação e mais contratações para a área de tecnologia.

Os empregados cobraram também foco da tecnologia da informação na solução de diversos processos que têm gerado operações em demasia, levando o empregado à fadiga e ao adoecimento em busca de cumprimento de metas.

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