CUT reafirma na Fenae importância dos bancos públicos para o Brasil

Presidente da CUT analisou conjuntura na reunião do CDN da Fenae

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, foi enfático na defesa do fortalecimento dos bancos públicos para o fomento do desenvolvimento econômico e social do país, durante o primeiro dia da reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae, nesta quarta-feira (3), em Brasília.

“A crise financeira mundial tem trazido prejuízos para os trabalhadores. O Brasil, no entanto, por contar com instrumentos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, tem adotado medidas adequadas para combater essa crise”, salientou.

No debate com os presidentes das 27 Apcefs afiliadas à Fenae, Vagner fez uma reflexão sobre a recente eleição presidencial em segundo turno, “uma das mais disputadas do país”. Ele afirmou que a CUT corre o país de ponta a ponta em defesa da democracia, da reforma política e da democratização dos meios de comunicação.

“É fundamental para a classe trabalhadora garantir a continuidade e o aprofundamento de políticas que fortaleçam um projeto de sociedade democrática, o que implica desenvolvimento sustentável com distribuição de renda, inclusão social e geração de emprego de qualidade”, ressaltou.

Ele disse considerar necessária uma ampla reforma do Estado, a começar pela reforma do sistema político. Esse, na opinião dele, é o passo que falta para que sejam viabilizadas reformas fundamentais para a construção de uma sociedade mais democrática e menos desigual pela qual os trabalhadores tanto lutam, como a tributária, a agrária e a democratização dos meios de comunicação.

Para o dirigente da CUT, a questão do desenvolvimento regional é um dos maiores legados dos últimos anos, dado que essa atuação governamental tem sido fundamental para o país começar a romper com a desigualdade entre regiões, sobretudo por tratar-se de “política de distribuição de renda e de uma nova maneira de conduzir a economia”.

Vagner disse ainda que o combate à corrupção é uma das principais reivindicações da CUT, e condenou a prática corriqueira de desvio de dinheiro público, com punição para quem se beneficiar de tamanha ilegalidade. Para ele, a construção de uma política mais limpa no Brasil passa por uma reforma política, de modo a acabar com o financiamento empresarial da campanha eleitoral. “A mudança da estrutura política em vigor é muito importante e conta com o apoio da CUT”, observou.

Igualmente importante, para o presidente da CUT, é a reforma tributária. Segundo ele, a luta é para que o Estado brasileiro adquira cada vez mais capacidade para investir em políticas públicas, havendo para isso a necessidade de mais recursos. Ele defendeu que os trabalhadores interfiram mais diretamente em duas das principais agendas do país – a política e a econômica, “pois uma coisa é ganhar as eleições e outra, bem diferente, é definir o rumo que os trabalhadores querem para o Brasil”.

Vagner afirmou também que a CUT não aceita que o governo federal mexa em nenhuma das questões de interesse da classe trabalhadora, como abono, emprego, salário, expansão do crédito. E concluiu: “Queremos discutir uma política econômica para o Brasil, com crédito barato e medidas fiscais e monetárias mais sintonizadas com as demandas da população. Afinal, política é igual a feijão: funciona com base na pressão”.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, disse que o exercício da cidadania é fundamental para a luta por uma nova sociedade. Ele acrescentou que a Fenae é contra retrocessos, e defende “o fortalecimento dos processos de democracia direta e participativa, diretrizes essenciais para a construção de um projeto nacional de desenvolvimento”.

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