Cuba afrouxa política de crédito de 2011 para atrair capital privado

O governo de Cuba flexibilizou, com novas tarifas de empréstimos e prazos de pagamento, a política de créditos criada em 2011 para incentivar a procura de financiamentos pelo setor privado, noticiaram no domingo (29) veículos noticiosos oficiais.

Desde o início da liberalização da política de créditos, o Banco Central de Cuba concedeu mais de 218 mil créditos a particulares, mas apenas 550 a trabalhadores por conta própria, segmento alvo da medida, segundo dados do diário Juventud Rebelde.

A nova resolução publicada no sábado (28) na página da internet do jornal oficial de Cuba baseia-se na necessidade de “atualizar a referida norma para incentivar a concessão de financiamento às pessoas autorizadas a exercer trabalho por conta própria e a outras formas de gestão não estatal”.

As novas regras baixam o valor mínimo de crédito para o setor não estatal, de 3 mil pesos cubanos (US$ 112) para 1 mil (US$ 37,33), e aumentam de cinco para dez anos o prazo para pagar os empréstimos.

Elas preveem também que, em alguns casos, os presidentes dos bancos tenham “excepcionalmente” a prerrogativa de autorizar créditos “de montantes inferiores e prazos superiores aos estabelecidos” pela lei.

A nova lei insere-se nas reformas promovidas pelo presidente cubano, Raúl Castro, para “atualizar” o socialismo cubano e superar a crise econômica da ilha.

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