A Contraf-CUT, que é assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa) nas negociações com o banco, divulgou nesta quarta-feira (13) nota de repúdio ao programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) da Caixa. A medida, imposta de forma unilateral pela direção da empresa, já atinge os gerentes-gerais e será implantada em ciclos até 2016.
De acordo com o texto da Contraf-CUT, o GDP “fere todos os princípios coletivos da relação de trabalho”. A nota salienta ainda: “Metas não podem ser impostas. Elas devem ser construídas coletivamente, considerando as condições para alcançá-las, as necessidades dos clientes e as especificidades regionais, entre outros”.
Ao lembrar que o movimento dos empregados luta há anos pelo fim do assédio moral e das metas abusivas, o manifesto diz que a medida “institucionaliza a cobrança de metas individuais, que estão entre as principais causas do adoecimento no trabalho. Além disso, rotula o empregado, cria remunerações variáveis e abre espaço para rankings de desempenho, tipo de comparação que humilha o trabalhador”.
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A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Matheus, observa que a Campanha Nacional dos Bancários 2014 é o melhor momento para forçar a empresa a desistir do programa Gestão de Desempenho de Pessoas. “Vamos nacionalizar o debate. O GDP é uma atrocidade. A mobilização da categoria será fundamental para conquistarmos o fim dessa medida. Vamos à luta!”, ressalta.
O integrante da CEE/Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Dionísio Reis, destaca que o fim do GDP integra a pauta de reivindicações específicas dos empregados da Caixa.
“Não concordamos com esse absurdo. A pressão vai aumentar, justamente no momento em que rechaçamos a redução do número de trabalhadores por agência. O banco deveria priorizar a gestão de pessoas e não apenas a gestão por resultados”, protesta Dionísio.