A Contraf-CUT recebeu nesta quarta-feira, 12, a visita do diretor de Relações do Trabalho do Itaú Unibanco, Marcos Carnielli. O objetivo foi apresentar Gilberto Trazzi Canteras, que será o substituto de Carnielli como futuro representante do banco nas mesas de negociações com as entidades sindicais.
Pela Contraf-CUT participaram do encontro o presidente e bancário do Itaú Unibanco, Carlos Cordeiro, o secretário-geral e funcionário do BB, Marcel Barros, o secretário de Imprensa e trabalhador do Santander, Ademir Wiederkehr, e o diretor da entidade e empregado da Caixa Econômica Federal, José Carlos Alonso.
Gilberto assumiu no início de agosto, iniciando um processo de transição que incluiu a sua apresentação para os dirigentes da Contraf-CUT, confederação que representa cerca de 75% da categoria bancária em todo o país, com 110 sindicatos e dez federações filiadas. Carnielli permanecerá no cargo até o final de dezembro e será o negociador do Itaú Unibanco na mesa da Fenaban nesta campanha salarial.
O novo negociador já é conhecido do movimento sindical. Gilberto ocupava até junho deste ano o cargo de Superintendente de Relações Sindicais do Santander e representava o banco espanhol nas negociações com o Comando Nacional dos Bancários e com as Comissões de Organização dos Empregados (COE) do Santander e Real.
“Ele esteve à frente das negociações do banco espanhol após a privatização do Banespa, que resultaram em acordos coletivos e aditivos à Convenção Coletiva de Trabalho, possibilitando conquistas como a licença remunerada pré-aposentadoria (pijama) no Santander e no Real”, destaca Ademir. “Foi um período de ajustes no banco e enfrentamentos, mas com diálogo e negociações”.
“Esperamos que seja mantido e até ampliado o canal de diálogo que construímos entre banco e trabalhadores”, ressalta Carlos Cordeiro. “Um ponto importante é que, frente ao processo de fusão entre Itaú e Unibanco, continue a busca de alternativas para evitar demissões e preservar os empregos dos bancários”, acrescenta.
O presidente da Contraf-CUT lembra que, no período em que Carnielli comandou as negociações pelo Itaú, houve avanços em relação ao plano de saúde e à previdência complementar, além da Participação Complementar de Resultados (PCR).
“Com os lucros astronômicos do Itaú Unibanco e os ganhos da fusão, os bancários não vêem razões para dispensas e sim motivos de sobra para garantir empregos e direitos, e atender a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2009”, conclui Carlos Cordeiro.