Diretor da Contraf-CUT divulgou vídeo contra terceirização
A Contraf-CUT fez uma apresentação sobre a precarização do trabalho, por meio da terceirização, e a luta dos trabalhadores no Brasil contra o Projeto de Lei 4330, do deputado Sandro Mabel, durante a oficina tripartite sobre o impacto da crise econômica e financeira global sobre os trabalhadores do setor financeiro nos países do Cone Sul, que ocorre em Santiago, no Chile.
O evento, iniciado na segunda-feira (7), é promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), reunindo representantes de trabalhadores, bancos e governos do Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai, com o objetivo de fazer uma revisão dos efeitos da crise global para os trabalhadores do setor financeiro.
“Os bancos no Brasil apostam no aumento de sua lucratividade, baseada na precarização do trabalho via terceirização, incluso os correspondentes bancários”, destacou o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.
Na apresentação feita na segunda-feira, o representante dos bancários brasileiros mostrou ilustrações dos terceirizados e dos correspondentes, evidenciando os prejuízos que sofrem os trabalhadores terceirizados no Brasil.
Durante os debates ocorridos nesta terça-feira (8), Miguel exibiu o segundo vídeo da campanha da Anamatra, com a atriz Camila Pitanga e o ator Wagner Moura, mostrando a crueldade da terceirização para os trabalhadores no Brasil, o que impressionou a todos. “Apresentamos o vídeo e nossa luta no Brasil para o mundo e a OIT”, salienta o diretor da Contraf-CUT.
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“A terceirização é motivo de preocupação de todos os trabalhadores dos demais países, com exceção do Uruguai que já possui legislação que assegura igualdade de direitos entre os trabalhadores”, explica Miguel.
O coordenador de relações do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Mauro Rodrigues de Souza, abordou as controvérsias legais da figura dos correspondentes e propôs que fossem incluídas no relatório final algumas recomendações a respeito. Uma deles é que em todos os países, que estão adotando essa modalidade de inclusão financeira, deve constar a obrigação de serem observados todos os pressupostos do trabalho decente e que os bancos centrais dos países devem incluir nessas discussões outros ministérios, como Trabalho e Emprego, bem como os sindicatos representativos dos trabalhadores envolvidos, para que as medidas não signifiquem precarização do trabalho.
Nesta quarta-feira (9), último dia do evento, será apresentada a proposta de resolução da oficina, que para ser oficializada precisa ser aprovada por consenso das três partes – trabalhadores, patrões e governos.