Contraf-CUT e sindicatos cobram responsabilidade social das financeiras

Aconteceu nesta sexta-feira, 11, a terceira rodada de negociação da Campanha Salarial dos Financiários 2009. A comissão de negociação dos trabalhadores deu prosseguimento ao debate com a Fenacrefi. Foram debatidas as reivindicações relacionadas a garantia de emprego, jornada e saúde e condições de trabalho.

Saúde e condições de trabalho

Os trabalhadores apresentaram as reivindicações contidas na minuta da categoria, que tratam de questões relativas a prevenção de doenças ocupacionais e acidentes, exigência de emissão de CAT para toda e qualquer ocorrência, além de desenvolvimento de programa que promova a saúde do trabalhador. Os representantes dos patrões responderam que consideram a questão de difícil normatização para todas as empresas, em razão do porte diferenciado entre as diversas financeiras.

Os financiários reivindicaram ainda a isonomia de direitos para os afastados por motivo de doença ou acidente de trabalho. Além disso, cobraram que a complementação salarial no caso de afastamento seja de 24 meses, e não de 18 como é hoje. Outra reivindicação é a antecipação salarial na data do pagamento, nos casos em que ainda não tenha havido o deferimento do pedido de licença pelo INSS, tal qual já ocorre com os bancários. Por sua vez, os representantes patronais apresentaram na mesa de negociação uma proposta de criação de um programa de readaptação e reabilitação profissional. Tanto a resposta às reivindicações dos trabalhadores quanto o debate sobre o programa apresentado pela entidade patronal ficaram para a próxima negociação.

Ficou garantida na mesa de negociação a manutenção da mesa paritária de discussão sobre saúde, no modelo existente hoje. Além disso, os trabalhadores reivindicaram a criação de um plano odontológico, o que também será respondido no próximo encontro.

Jornada de trabalho

A comissão de negociação reafirmou a necessidade de redução da jornada de trabalho dos financiários, em razão de questões relacionadas a saúde dos trabalhadores e ao incremento de produtividade ocorrido a partir do desenvolvimento da telemática. Os patrões responderam negativamente à demanda.

Garantia de emprego

Os trabalhadores reivindicaram a criação de medidas de garantia de proteção ao emprego. As empresas afirmaram que consideram os itens já existentes na legislação e na convenção coletiva dos financiários suficientes, não pretendendo avançar na criação de novas medidas.

“A postura das financeiras é absurda. A questão do emprego é primordial para os trabalhadores, mas também para as empresas. O diferencial de mercado hoje é basicamente a qualificação da mão de obra. As empresas deveriam rever essa política de alta rotatividade e o setor financeiro ter como objetivo no mínimo manter o emprego dos trabalhadores”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Reajuste

A próxima rodada de negociações ficou agendada para o dia 22 de setembro, às 10h30, quando serão discutias as questões econômicas, com compromisso de apresentação da proposta para o índice de reajuste salarial. “Os sindicatos precisam intensificar a mobilização dos trabalhadores no próximo período”, afirma Miguel.

Nesse sentido, a Contraf-CUT solicita às entidades que encaminhem informações e fotos a respeito do Dia Nacional de Luta realizado nessa quinta-feira, 10. Além disso, a Contraf-CUT irá disponibilizar em breve (possivelmente na próxima segunda-feira), na seção de Publicações de seu site, jornal específico sobre a campanha dos financiários.

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