Contraf-CUT aponta problemas na mesa temática de terceirização com o BB

Na primeira reunião da mesa temática sobre terceirização no Banco do Brasil ocorrida nesta quinta, 11, em Brasília, os representantes dos funcionários do BB expuseram alguns dos problemas da terceirização nos bancos, como alta rotatividade, que gera precarização no sistema de trabalho.

“Muitos terceirizados desempenham o papel dos bancários e recebem em torno de 60% do salário, além de prestarem serviço em más condições de trabalho”, frisa Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. “O problema da alta rotatividade de mão de obra gera consequências, como queda de qualidade do trabalho, e pode colocar em risco o sigilo das informações dos clientes que são atendidos por terceirizados. A segurança dessas informações é de responsabilidade do banco”, completa Ana Tércia, representante da Fetec São Paulo.

O BB sinalizou interesse em continuar a discussão na próxima reunião prevista para primeira quinzena de abril. O debate sobre o tema também já está ocorrendo com a Fenaban.

Os representantes dos funcionários reiteraram a urgência de solução para essa questão já que Justiça está revertendo à terceirização em vários bancos no país. Apesar disso, os representantes do BB afirmam que a terceirização é uma tendência de mercado entre das empresas.

Nas próximas reuniões serão debatidos quais serviços e atividades poderiam ser terceirizados. “O banco diz que não tem terceirizado em atividade fim, mas esse conceito tem que ser discutido e revisto com calma pois não pode haver prejuízo a qualquer direito dos trabalhadores do sistema financeiro”, afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do BB.

A Contraf-CUT orienta os sindicatos a enviarem à Secretaria de Organização do Ramo Financeiro informações detalhadas sobre as atividades exercidas pelos terceirizados. A coleta de dados vai ajudar no embasamento para as próximas mesas temáticas.

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