Acontece na tarde desta terça-feira, 15, a eleição dos novos presidente e vice do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). Com o apoio da Contraf-CUT, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) defende a escolha de Isaías Dias, bancário do Santander e integrante do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência para a presidência do órgão.
O Conade é um órgão da estrutura da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e reúne 38 membros, sendo 19 representantes de órgãos governamentais e 19 da sociedade civil organizada. Antes da eleição, que será coordenada pelo Ministério Público Federal, a ministra Maria do Rosário dará posse aos novos conselheiros, eleitos para o biênio 2011-2012.
“Ao longo de todo o período de funcionamento do Conselho, a CUT vem construindo uma participação plural, com a inclusão das pessoas com deficiência para além da pauta do trabalho, preocupada com a educação, o transporte, a saúde e o lazer. Lutamos por políticas públicas de inclusão”, acrescentou.
Na gestão que termina, a CUT ocupava a vice-presidência do Conade, explicou, como reconhecimento do compromisso e do vínculo da Central com o dia a dia do segmento que, pelo último censo do IBGE abarca a mais de 25 milhões de pessoas ou 14,5% da população brasileira.
“O movimento sindical, através da Secretaria de Políticas Sociais da CUT, que tem a frente o companheiro Expedito Solaney, tem pautado o tema das pessoas com deficiência e contribuído para avançarmos. O crescente envolvimento da Central e dos seus sindicatos com o tema é uma demonstração do quanto evoluímos”, declarou.
Conforme Isaías Dias, dar visibilidade para os avanços que vêm sendo obtidos é um ponto chave na luta política: “Neste período foi muito importante termos conseguido disseminar a nossa pauta, colocando em evidência a Lei de Cotas, a 8.213, que obriga as empresas a contratarem pessoas com deficiência para seus quadros. Agora, precisamos lutar para a garantia dos direitos destes trabalhadores, que vão além das questões gerais como salário e jornada. Precisamos introduzir cláusulas nos acordos coletivos que dialoguem com melhorias concretas nas suas condições de vida e trabalho, que levem em conta as suas especificidades”.