Trabalhadores cobraram atendimento da pauta de reivindicações
Os bancários da Bahia deram o ponta-pé inicial para a Campanha Nacional 2014, o mais importante momento para a categoria na luta por melhores condições de trabalho, com um apoio fundamental. Cansada dos abusos praticados pelos bancos, a população está ao lado do bancário.
“Se as reivindicações também são para nós, clientes, tudo é válido”, destacou a correntista do Santander, Marli Gomes, que fez questão de parar e observar o lançamento oficial da campanha, realizado pelo Sindicato dos Bancários da Bahia, nesta segunda-feira (18), na avenida Tancredo Neves, em Salvador. Teve até cabo de guerra.
Assim como Marli, diversas pessoas que passaram pelo Citibank foram atraídas para o evento. Não só pela importância, mas, sobretudo, porque muita gente se identificava com os problemas nas agências, relatados pelos diretores do Sindicato.
Os bancários, claro, também fazem questão de cobrar valorização. Uma funcionária do Santander ressalta que o desgaste físico é intenso devido ao acúmulo de funções. A cobrança de metas e o assédio moral foram alvos de denúncia de outro funcionário.
Cenário positivo
Os bancos em atividade no Brasil fazem terror sobre a economia, chantageiam o governo para elevar os juros, jogam contra o desenvolvimento pleno com o aumento das demissões, mas nunca estiveram tão bem. Em seis meses, o lucro líquido chegou a quase R$ 30 bilhões. Dinheiro a perder de vista.
Como manda a lógica capitalista, a boa vida vem da exploração de muitos. Os bancários por meio do trabalho precário e salários muito aquém do ideal e a população através da cobrança de juros altos e tarifas bancárias, muita vezes, desconhecidas.
Arrancar avanços do setor não é fácil. Os bancos são os mais ricos da economia nacional e a luta é árdua. O presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos, chama atenção para os objetivos do movimento. “Esta é uma luta contra a ganância do sistema financeiro e os bancários mantêm a mobilização forte para vencer”.
A categoria, no entanto, quer mais. “Queremos saúde, fim das metas, do assédio moral, salário decente, contratações, segurança e a redução dos juros e das tarifas”, afirma a diretora do Sindicato, Graça Gomes.