Com atores seminus, bancários do Ceará denunciam lucro indecente dos bancos

Diretor da Contraf-CUT protesta durante manifestação em Fortaleza

Numa atividade para dialogar com a sociedade, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou na última sexta-feira, dia 7, em Fortaleza, um ato de protesto e denúncia da indecência dos bancos, que exploram os trabalhadores e os clientes. Com manifestantes usando pouca roupa, o protesto mostrou que “indecente é o lucro dos banqueiros (R$ 27 bilhões no primeiro semestre deste ano)”.

O ato simbólico contou com figurantes mulheres e rapaz seminus e percorreu as ruas do Centro de Fortaleza, fazendo o percurso da Agência do Banco do Brasil na Praça do Carmo, passando pelo Bradesco dos Peixinhos, fazendo parada na Caixa Econômica Federal da Praça do Ferreira, seguindo até Agência Centro dos Correios. Os bancários fizeram manifestação de apoio aos trabalhadores do Correios, também em greve.

Segundo Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, a greve está se estendendo por culpa única e exclusiva dos banqueiros e do governo Dilma, que não apresentam proposta decente aos trabalhadores e, por isso, utilizam a greve como último recurso para se defender.

O ato pelo Centro chamou a atenção da população. Para Ailson Duarte, diretor do Sindicato, “indecente é o sistema financeiro que explora bancários e é o setor que mais lucra neste País”. A intenção da manifestação foi ainda reforçar a mobilização dos bancários de Fortaleza, durante o décimo primeiro dia de greve nacional da categoria.

Segundo Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e da Contraf-CUT, “indecente, imoral, não é estar nu na rua; indecente, imoral, é o lucro e o que eles fazem com seus trabalhadores. O que os banqueiros e o governo fazem com os bancários, sim, é imoral, é indecente. Queremos a retomada das negociações e uma proposta decente”.

“Estamos ficando despidos dos nossos direitos, dos nossos salários, enquanto os banqueiros lucram mais de R$ 27 bilhões, e os bancos ainda buscam a Justiça para inibir a ação do Sindicato e dos trabalhadores com os interditos. O que revolta é a falta de respeito”, completou Telmo Nunes, diretor do Sindicato.

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