CNTV realiza 12ª Conferência e prepara luta dos vigilantes para 2015

Auditório lotado com vigilantes de todo o país

Vigilantes e lideranças sindicais de 22 Estados mais o Distrito Federal lotaram o salão de eventos do Brasília Imperial Hotel na quinta e sexta-feira, dias 21 e 22, para a 12ª Conferência Nacional dos Vigilantes, organizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).

Comprometidos com as lutas da categoria, os participantes do evento debateram e aprovaram o conteúdo de uma Carta Compromisso. O documento norteia as mobilizações, negociações e diretrizes para as campanhas salariais de 2015 e os principais embates da categoria.
Diretrizes para negociações coletivas, intensificação da luta pelo Piso Nacional dos Vigilantes e até a realização de novos seminários estão entre a pauta discutida e aprovada pela plenária do encontro.

Para 2015, os dirigentes sindicais concordaram em levar para as negociações com os patrões a exigência de vigilantes patrimoniais nas agências bancárias 24 horas por dia, inclusive para cuidar de caixas eletrônicos; abastecimento de caixas eletrônicos somente com “cassete fechado” e em local seguro; proibição do parcelamento do pagamento do 13º salário ou qualquer outro direito trabalhista; fim do banco de horas; estabilidade a partir do quinto ano antecedente à aposentadoria.

Para as negociações salariais de 2015, foi aprovada como reivindicação a reposição integral da inflação mais ganho real; plano de saúde pago pelas empresas; apoio a todas as negociações da categoria em qualquer Estado onde houver mobilização e necessidade de suporte.

Além disso, reafirmaram a luta pelo Piso Nacional de R$ 3 mil, aprovação de medidas anticalote em todo o país, do Estatuto da Segurança Privada. Também decidiram pela realização do primeiro Fórum da Saúde do Vigilante.

As práticas abusivas da Prosegur novamente foram repudiadas. O documento a ser redigido denuncia as demissões imotivadas, assédio moral, violência e condições precárias de trabalho.

Para o presidente da CNTV, José Boaventura, a 12ª Conferência cumpriu seu papel de municiar os sindicatos e federações com informações e estudos para a organização de suas campanhas salariais, negociações coletivas e mobilizações. “Ficou claro que ao contrário do discurso terrorista que temos ouvido sobre o cenário atual, a categoria pode sim manter suas conquistas e avançar ainda mais em 2015. Sabemos que não será fácil, mas temos possibilidades reais de avanços”, avaliou.

Participação de mulheres é recorde

A participação de mulheres na 12ª Conferência Nacional dos Vigilantes comprovou que a luta dos movimentos sociais e da CNTV pela igualdade de gênero vem surtindo efeito. São companheiras vigilantes comprometidas com os desafios da categoria e dispostas a tomar seus espaços em todas as esferas da sociedade.

Para a diretora da CNTV e do Sindesv-DF, Sebastiana Santana, é fundamental a conscientização das mulheres nas decisões não só políticas e sociais, mas também trabalhistas em relação à importância dos movimentos em prol de melhorias salariais, condições de trabalho e igualdade de oportunidades.

“Nos cursos de formação e no exercício da profissão, as mulheres são obrigadas a executar as mesmas tarefas que os homens, sem distinção, e têm provado que são igualmente capazes”, destacou Sebastiana.
“Uma das metas da CNTV é aumentar o número de mulheres nos contratos de trabalho. Sabemos que é difícil por conta da discriminação de gênero, mas temos certeza que estamos no caminho certo e vamos alcançar nosso objetivo”, avaliou.

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