O superávit primário atingiu R$ 18,712 bilhões em abril, totalizando em R$ 61,743 bilhões (6,82% do PIB) no quadrimestre a reserva para pagamento de juros. Para o ano, a meta estabelecida é de 3,8% do PIB. Segundo os resultados fiscais divulgados pelo Banco Central, em abril foram gastos com juros R$ 4,870 bilhões. No acumulado no ano, nada menos que R$ 54,858 bilhões (6,06% do PIB).
“Infelizmente, o Banco Central continua na contramão das nossas expectativas. A política de juros altos e elevado superávit primário é neoliberal, atenta contra o desenvolvimento e o próprio espírito do Programa de Aceleração do Crescimento. Nós defendemos um estado indutor, com mais investimentos em políticas públicas. A prioridade deve ser para saúde, educação, moradia, o que é incompatível com a manutenção desta sangria pelo senhor Henrique Meirelles”, declarou Antonio Carlos Spis, da executiva nacional da CUT e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).
Com a palavra de ordem “Menos juros, mais desenvolvimento”, a CMS convocou manifestação para o próximo dia 19 de junho, em frente ao Banco Central, em Brasília.