A chegada da caravana da FETEC-CUT/SP e sindicatos filiados à cidade de Bragança Paulista esquentou esta segunda-feira, dia 22, de garoa e frio intenso.
A performance da trupe Arte Nativa, com participação do diretor do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, Antonio Cortezani, encenando o banqueiro que cobra o desempenho dos bancários feito máquinas, provocou risos entre os que assistiam.
Os dirigentes sindicais aproveitaram para denunciar as péssimas condições de trabalho enfrentadas pela categoria. Na agência visitada do BB, os manifestantes flagraram uma bancária grávida trabalhando no meio de uma reforma, com cheiro fortíssimo de cola. Os dirigentes sindicais reclamaram com a gerência, que mandou suspender a obra imediatamente.
Quando os manifestantes passaram pela agência do Bradesco, o gerente local foi saudado com vaias contra suas freqüentes práticas de assédio moral. Durante a caravana em Bragança Paulista, também foram visitadas agências do BMB, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Santander.
“Os bancos continuam lucrando horrores, enquanto seus trabalhadores sofrem com as cobranças por metas abusivas, práticas de assédio moral, desrespeitos à jornada e falta de segurança. Essa é uma situação que tem de acabar. Por isso, estamos em luta”, avisa Rodrigo Franco Leite, presidente do Sindicato de Bragança Paulista.
O presidente da FETEC-CUT/SP, Luiz César de Freitas, o Alemão, chama a atenção para um segundo aspecto. “Se os bancos são uma concessão pública, por que eles só prestam atendimento aqui em Bragança das 11h às 16h, enquanto todo o comércio cumpre horário estendido?”, questiona o dirigente ao informar que essa Campanha Nacional da categoria bancária também busca melhor atendimento à sociedade.
“Queremos que os bancos ampliem o horário de atendimento ao público, com a contratação de dois turnos de trabalho e, assim, gerem mais empregos com salários dignos, maior PLR e condições dignas de trabalho”, conclui o presidente da FETEC-CUT/SP.