No próximo dia 29 de abril, durante mais uma reunião do GT Saúde, em Brasília (DF), finalmente a Caixa Econômica Federal deverá apresentar os resultados obtidos pelo Saúde Caixa, após a conclusão da contingência, período de março de 2005 a março de 2007, em que os registros de entrada e saída de recursos do plano de saúde ficaram sem processamento de dados.
O debate sobre essa questão era para ter ocorrido na semana passada, quando o GT Saúde esteve reunido durante dois dias, em Brasília. Antes disso, porém, conforme acordo firmado na campanha salarial de 2009, a empresa havia ficado de apresentar a revisão dos números na reunião que o GT realizou no início de março, o que não aconteceu.
“O que sabemos é que o Saúde Caixa atualmente apresenta um superávit expressivo, que é resultado da contribuição dos empregados. O que precisamos é apurar esse número, exigir que a Caixa aporte a sua parte correspondente, e discutir que destinos daremos para esses valores”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contaf/CUT e empregado da Caixa.
Plínio Pavão também critica a conduta do banco quanto às normas de acidente de trabalho (RH 052) e licença para tratamento de saúde (RH 025). Segundo ele, o banco efetuou diversas alterações unilaterais que prejudicam os empregados. Devido a isso, os representantes dos trabalhadores se recusam a negociar nestes patamares, exigindo a revogação das atuais versões e o resgate das redações que foram negociadas em 2004 para, a partir daí, iniciar negociação.
Como na reunião do GT Saúde os representantes da Caixa não aceitaram a proposta, o tema foi apresentado como denúncia pelos trabalhadores na mesa de negociação entre a Contraf/CUT e os representantes do banco, realizada em 15 de abril. Na ocasião, a representação nacional dos trabalhadores exigiu que a empresa respeitasse o compromisso assumido de que normas negociadas não podem ser alteradas unilateralmente. A Comissão de Negociação da Caixa ficou de estudar o tema e trazer uma resposta.