O Bradesco permanece obrigando gerentes administrativos e gerentes-gerais a fazer papel de polícia na monitoração de danos ao patrimônio causados por arrombamentos, fraudes em máquinas do autoatendimento e explosões em agências.
Os funcionários recebem ligações do departamento de segurança do banco, em qualquer horário, para que deixem suas casas e se dirijam às unidades para relatar problemas.
“Isso acarreta enormes riscos à vida dos bancários, que podem dar de cara com bandidos”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Marcos Antônio do Amaral, o Marquinhos. “O banco deveria mandar seguranças treinados ou a polícia para fazer esse tipo de trabalho. É um absurdo.”
O Sindicato acionou o setor de Relações Sindicais do Bradesco, em 1º de agosto. “Desde então, continuamos a cobrar o fim dessa prática, mas a instituição não deu nenhuma resposta e ainda continua a obrigar o bancário a fazer serviço de polícia”, relata o dirigente.
“Diante disso, já consultamos nosso departamento jurídico. Esse tipo de convocação tem de acabar! Vamos tomar todas as medidas judiciais ao nosso alcance, pedindo inclusive dano moral coletivo por exposição ao risco”, afirma Marcos.