A direção do Bradesco acionou, de imediato, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, para colocar a força seus funcionários para dentro da agência Santos/Pça. Mauá.
Os bancários estavam paralisando a agência desde às 7h, desta quarta-feira, 30, quando a superintendência e os gerentes começaram a ligar para os celulares dos funcionários exigindo que entrassem com escolta da Polícia Militar.
Depois disso, um capitão da PM trouxe pelo braço algumas funcionárias que estavam em greve legalmente, o que amedrontou todos os demais. Não satisfeitos reprimiram bancários e sindicalistas na porta da agência com empurrões e ameaças de prisão aos diretores do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Mesmo assim, os bancários e funcionários da unidade paralisaram a agência até às 13h. Tudo foi registrado pelas equipes de reportagem de tvs e jornais da região.
“É um absurdo a PM se prestar a este papel de segurança privada do Bradesco. Não é a primeira vez que acontece repressão quando se trata de greve neste banco. Já havíamos advertido que no início da greve, que é respaldada pelo artigo 9º da Constituição Federal, a Fenaban teve uma reunião com a Polícia Militar em que umdos pontos de pauta era para tratar de medidas de repressão à greve”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato de Santos e Região.
Greve na Baixada Santista atinge 80% da categoria
Apesar da repressão polícia e de interditos proibitórios, a categoria ampliou a greve no seu 7º dia consecutivo. Neste dia 30/09, o movimento continuou forte com 80% das agências paralisadas em Santos e mais adesão do Bradesco/Pça Mauá em Santos, Bradesco Guarujá, Cubatão e Praia Grande. Nos bancos públicos o movimento alcançou 90%.
Já em Guarujá, Cubatão e São Vicente também foram fechadas 80% das unidades. Nas cidades como Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe a greve atingiu 70% da categoria.
Conforme análise do Sindicato de Santos e Região 2.000 bancários estão em greve dos 3.400, o que gira em torno de 196 agências paralisadas das 245 na Baixada Santista.
Amanhã, dia 01 de outubro, haverá assembléia da categoria, às 18h, na Av. Washington Luiz, 140, em Santos, para deliberar sobre as propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.