Reuters
Ben Berkowitz
AMSTERDÃ – O BNP Paribas, maior banco francês, anunciou nesta terça-feira um aumento de capital de 4,3 bilhões de euros (6,3 bilhões de dólares), juntando-se à lista de instituições europeias tentando escapar do apoio estatal.
Muitos bancos que emprestaram bilhões de euros em recursos do governo em meio à crise global estão tentando levantar capital para pagar a ajuda e livrar-se das condições atreladas aos pacotes, como limites de bônus.
O BNP Paribas informou que o aumento de capital é parte de um movimento para pagar antecipadamente os 5,1 bilhões de dólares que tomou do governo.s
O aumento de capital ocorre em um momento em que fontes informaram que o governo holandês se aproximou do BNP para comprar a unidade de banco comercial do nacionalizado Fortis Bank Nederland.
Também o UniCredit SpA, maior banco da Itália, deve anunciar um aumento de capital, de 4 bilhões de euros, após uma reunião de conselho nesta terça-feira.
O concorrente Intesa SanPaolo também deve anunciar uma decisão sobre a ajuda que recebeu do governo, mas sua estratégia ainda é desconhecida.
O suíço UBS também quer cortar os laços com o governo, disse seu presidente-executivo, Oswald Gruebel, em entrevista ao Financial Times, mas talvez não consiga fazer isso antes do fim de 2010.
Na Grã-Bretanha, dois bancos com ampla participação governamental também pretendem emitir ações.
O Royal Bank of Scotland Group tem medido o apetite dos investidores para uma emissão de ação de até 4 bilhões de libras (6,4 bilhões de dólares), disse no início deste mês uma fonte próxima aos planos. O Lloyds Banking Group disse que está considerando suas próprias opções.
Nas últimas seis semanas, duas instituições holandesas que receberam ajuda estatal anunciaram emissões de ações para pagar parte dos pacotes: Aegon NV e SNS Reaal.
Morgan Stanley, JPMorgan Chase & Co e American Express informaram em junho que venderão ações para pagar os bilhões de dólares emprestados do Tesouro norte-americano.