Bancos de Cuiabá e Várzea Grande param 99% e adesão aumenta no interior

Mais agências de Mato Grosso aderiram ao movimento de greve dos bancários neste segundo dia (28). Hoje, 99% agências de Cuiabá e Várzea Grande estão em greve, ou seja, 88 unidades. E no interior a mobilização também aumentou. Ontem eram 99 agências no Estado, hoje já são 130 em todo Mato Grosso.

Os municípios do interior são Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Arenápolis, São José do Rio Claro, Barra do Bugres, Sorriso, Nortelândia, Barra do Garças, Confresa, Rondonópolis, Jaciara e Campo Verde, e estão firmes na luta por segurança nas agências, mais contratação de funcionários para melhor atender a população e por valorização dos trabalhadores.

No primeiro dia de greve foram 4.191 agências paralisadas nos 25 estados e no Distrito Federal. O número supera o início da greve de 2010, quando 3.864 unidades pararam no primeiro dia em todo país.

Diálogo

Os trabalhadores estão em constante diálogo com a população com faixas e cartazes para esclarecer os principais motivos que levaram os bancários a parar as atividades. Também estão sendo dadas orientações para que a população possa resolver algumas questões bancárias, como se dirigir aos caixas eletrônicos ou lotéricas. A parte de auto-atendimento, que fica na entrada dos bancos, está liberada para população.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson da Silva, destaca que a greve vem para buscar melhorias para todos, a começar pela segurança nos bancos, e afirma que melhor atendimento para população e o fim dos juros altos e tarifas estão sendo reivindicados. “Estamos na luta pelo fim da violência nos bancos. Tentamos em todas as rodadas de negociação que a segurança fosse uma das prioridades para a Fenaban, mas ela nos ignorou e ignorou o bem estar da população. Nem os 25 ataques a bancos em Mato Grosso neste ano fizeram com que a segurança fosse pautada pelos bancos”.

Arilson observa que a greve vai durar o tempo que a Federação Nacional dos Bancos demorar para valorizar os bancários e os clientes, e apresentar uma proposta decente. Na última rodada de negociação, os bancos ofereceram um reajuste de 8%, sendo que a categoria pede 12,8%, além de melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas, do assédio moral, entre outras.

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