Hoje, 21 de setembro, é o último dia que antecede a data marcada para os bancos apresentarem uma proposta global para a categoria. E nesta terça-feira foi realizado em todo o país o Dia Nacional de Luta dos bancários e bancárias, que em Belém aconteceu na Rua XV de novembro, centro comercial da cidade, onde se concentra um grande número de agências bancárias. Só nesse endereço, são cinco bancos que tiveram o atendimento ao público atrasado em uma hora.
A paralisação de hoje foi para pressionar a Fenaban a atender às reivindicações dos trabalhadores que exigem um reajuste de 11% (inflação do período mais aumento real), PLR de três salários mais R$ 4 mil, valorização dos pisos, elevação dos auxílios (refeição, alimentação e creche/babá), auxílio-educação e previdência complementar para todos os bancários, dentre outros itens.
Enquanto a resposta não vem, os seis maiores bancos que operam no país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) continuam aumentando seus lucros líquidos que só no primeiro semestre desse ano foi de R$ 21,7 bilhões, resultado quase 32% superior ao do mesmo período de 2009.
“E quem acaba pagando por essa falta de investimento em segurança, em saúde, na contração de mais trabalhadores, é a própria categoria que adoece em virtude de assaltos sofridos, jornadas excessivas de trabalho; além dos clientes e usuários dos bancos, que perdem horas do dia em uma fila esperando por atendimento”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá e membro do Comando Nacional, Rosalina Amorim.
E nem precisa ser bancário para saber onde está a solução para o fim das filas. “É pouco caixa para muita gente. Bom seria se tivessem mais!”, ressalta a professora Beatriz Cerveira que aproveitou o intervalo no trabalho para ir ao banco.
“Por isso a categoria também reivindica a contratação de mais bancários e bancárias, melhores condições de trabalho e emprego, o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral, mais segurança contra assaltos e sequestros, proteção ao emprego, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários”, destaca o diretor jurídico do Sindicato, Sandro Mattos.
A nova negociação acontece nesta quarta-feira, dia 22, às 15h, em São Paulo. A presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, estará na capital paulista acompanhando a rodada com a Fenaban.