Bancários realizam protesto contra assédio moral no BB em Porto Alegre

Nesta quarta-feira, dia 20, os bancários de Porto Alegre realizaram nova manifestação em frente ao Banco do Brasil. Desta fez, o protesto ocorreu na agência Passo D’Areia, localizada na Avenida Assis Brasil, na zona norte da capital gaúcha. A atividade foi organizada pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região.

O evento, que é a segunda ação deste tipo neste ano, denuncia a prática do assédio moral contra os funcionários, a partir do modelo violento de gestão do BB. Os sindicalistas reivindicaram também, em nome dos bancários e de toda a população, que o banco atue como instituição pública, barateando o crédito, praticando menores taxas de juros, além de contratar mais trabalhadores.

O carro de som do Sindicato amplificou o show do cantor e violonista Charles Busker, que animou os intervalos entre um pronunciamento e outro, quando os dirigentes informavam aos clientes e a população sobre o significado da atividade.

O fim do assédio moral é uma das principais bandeiras do SindBancários, que tem recebido seguidos relatos de funcionários submetidos a diversos abusos por parte do BB, como ameaças de descomissionamento, cobranças pelo cumprimento de metas abusivas, inclusive nos finais de semana, falta de pessoal e outros.

O diretor do SindBancários e funcionário do BB, Pedro Loss, abriu as manifestações. Além de fazer um esclarecimento sobre o ato, cobrou medidas por parte da direção do banco para acabar com o problema de assédio moral. “Entendemos que o BB precisa acabar com o assédio e cuidar melhor de seus funcionários. A responsabilidade social começa em casa. Queremos prestar o melhor serviço à população, mas também queremos melhores condições de trabalho para todos”, falou o dirigente.

Para o diretor do SindBancários e funcionário do BB, Julio Vivian, a atividade está dentro do que se propõe o programa Tudo Tem Limite. “Estamos mobilizados publicamente para conter o assédio moral e a violência organizacional, práticas que estão ocorrendo no Banco do Brasil. Também queremos que o cliente não seja privilegiado pelo seu saldo, mas que todos tenham um tratamento igualitário. O SindBancários continuará na luta por um banco público de incentivo ao desenvolvimento”, assegurou Vivian.

“Estamos aqui na frente do BB para expressar a nossa indignação contra as pressões que causam o adoecimento dos trabalhadores”, destacou o diretor financeiro do SindBancários e empregado da Caixa Econômica Federal, Tiago Pedroso. “Também estamos aqui para protestar contra a atuação dos bancos estatais. A Caixa e o Banco do Brasil têm que servir a todo país, pois existem para fomentar a economia e disponibilizar dinheiro mais barato aos brasileiros. Ao invés disso, cobram taxas e juros exorbitantes, similares aos praticados pelos bancos particulares”, afirmou o dirigente.

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