Bancários protestam no Rio Grande do Sul contra demissões no Itaú

Os bancários realizaram na terça-feira, dia 12, novas atividades no Itaú Unibanco. Além do atraso na abertura de agências, a manifestação denunciou as demissões de funcionários, imposição de metas abusivas, assédio moral, jornada excessiva e desrespeito aos clientes e usuários do sistema financeiro, submetidos a taxas e tarifas abusivas. A Fetrafi-RS recebeu informações de paralisações em Porto Alegre, Erechim, Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa, Camaquã, Vale do Paranhana, e Rio Grande.

Em Porto Alegre, a paralisação ocorreu na agência do Centro de Porto Alegre, onde também fica a Superintendência Estadual. Já em Erechim, três agências estarão fechadas até as 12hs, são elas: Itaú – Centro; Praça da Bandeira e o PAB da Aurora.

Na cidade de Cruz Alta as agências do Itaú do Calçadão (Pinheiro Machado) e Presidente Vargas tiveram o início de expediente atrasado. Em Passo Fundo, as três unidades da cidade ficam paralisadas até as 12hs desta terça-feira, assim como em Rio Grande nas suas duas agências. No Vale do Paranhana, duas agências do Itaú tiveram o expediente atrasado. Já em Santa Rosa, houve entrega de panfletos em frente ao banco.

O Banco Itaú está na contramão da história e planejamento do sistema financeiro, afirma Paulo Schmidt, que é dirigente sindical e funcionário deste banco, pois “enquanto o Bradesco e outros bancos privados contratam mais pessoas e abrem agências nas mais diversas cidades da região, buscando uma inserção maior no mercado, o Itaú demite e enxuga, cada vez mais, seu quadro de funcionários”. “Na agência de Santa Rosa existe apenas um caixa contratado e não tem tesoureiro, tendo o Gerente Administrativo que acumular as três funções para dar conta do atendimento da agência”.

O Itaú Unibanco lucrou R$ 3,53 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período de 2010, ano em que teve lucro líquido de R$ 13 bilhões. Apesar de apresentar o maior lucro do sistema financeiro brasileiro, o Itaú Unibanco não melhora o seu atendimento, ao contrário, prejudica o serviço e demite, o que resulta em longas filas.

Os protestos dos bancários visam pressionar o banco para que a instituição mude seu modo de gestão e resolva os problemas pendentes nas negociações específicas com a Comissão de Organização dos Empregados.

As atividades continuarão até que o banco aceite negociar com o movimento sindical, pare de demitir e contrate mais funcionários para melhor atender à população.

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