Manifestação em frente ao prédio da Superintendência do BB
As mais recentes arbitrariedades do Banco do Brasil, como as decisões de gestão que alijaram os trabalhadores das discussões da adequação à jornada legal de 6 horas de trabalho, estão mobilizando trabalhadores e trabalhadoras por todo o país.
Em Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira (22) bancários e bancárias fizeram uma manifestação em frente à Superintendência de Varejo do BB no bairro Higienópolis.
O ato chamou a atenção para a precarização do trabalho no banco público, o assédio moral e a necessidade de manter a mobilização e unidade na luta pela manutenção dos direitos.
“Viemos conversar com os empregados da Superintendência e mostrar a eles que isso não vem de hoje e que temos que manter a mobilização, porque senão essa política de precarização do trabalho vai ficar cada vez mais assegurada por normas e planos de funções”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Mauros Salles.
O protesto começou por volta das 7h30. Um grupo de atores representou os funcionários do BB e as marcas que os “atos de gestão” têm deixado no corpo, como doenças de esforço repetitivo e psicológicas.
“Este ato mostrou que a base dos bancários está ciente de que este plano de funções é mais uma ferramenta de gestão para impor metas abusivas e assédio moral”, disse o diretor do SindBancários e funcionário do BB, Júlio Vivian.
Foi a segunda manifestação do ano no BB em Porto Alegre. Em fevereiro, os trabalhadores realizaram ato em frente à agência da Rua Uruguai, no centro da cidade.
“Temos que manter a nossa mobilização e a nossa unidade. O BB tem criado condições técnicas e jurídicas para facilitar a demissão. Não podemos esquecer que somos funcionários públicos concursados e que o BB é público também. Gestor de banco público não pode pensar com cabeça de banqueiro privado”, acrescentou o diretor do SindBancários e funcionário do BB, Flávio Pastoriz.