Bancários protestam contra demissões no Itaú em São Bernando do Campo

Os bancários do Itaú realizaram na terça-feira, 19 de abril, o Dia Nacional de Luta contra as demissões no Itaú Unibanco que estão acontecendo em todo o país, contra o aumento unilateral no Plano de Saúde e as más condições de saúde e trabalho para os funcionários. Essa mobilização é o início de uma campanha nacional pela garantia de emprego e direitos a todos os bancários.

Na região do ABC, a concentração aconteceu na Rua Marechal Deodoro, no Centro de São Bernardo do Campo, onde seis agências do Itaú foram paralisadas por uma hora.

Na manifestação foram distribuídas cartas abertas à população, ressaltando a situação do banco na questão da segurança para os clientes e bancários e, também, as más condições de trabalho a que são submetidos os funcionários.

“Nós fizemos esta manifestação por mais contratações e melhores condições de trabalho, pois não é justo que uma instituição, que obteve mais de 13 bilhões de reais em lucro no ano passado às custas dos funcionários e clientes, não faça nada para melhorar as condições de trabalho para os bancários”, disse Adma Gomes, secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato e funcionária do Itaú.

Demissões

Vale lembrar que, quando houve a fusão do Itaú com o Unibanco, tanto Roberto Setúbal como Pedro Moreira Salles assumiram compromisso de que não haveria demissões. O movimento sindical bancário cobrou, por diversas vezes, a assinatura de um acordo que garantisse essa manutenção do emprego e demais direitos para os funcionários dos dois bancos. No entanto, o Itaú se recusou a assinar esse documento.

“O que vemos agora, é o rompimento da palavra das famílias Villela, Setúbal e Salles, pois está havendo demissões em nível nacional, inclusive pessoas premiadas no programa AGIR”, afirma Adma.

Más condições de trabalho

O aumento da violência organizacional através da pressão por metas, ocasiona o assedio moral que está ocorrendo no banco. Essa realidade pode ser comprovada através do número elevado de solicitações de demissões.

Plano de saúde

É crescente o descaso da diretoria do Itaú com seus funcionários na questão do plano de saúde. Houve um aumento unilateral de até 24,61% sem comunicação prévia aos trabalhadores. O movimento sindical foi contrário a esse aumento e exigiu uma reunião com o banco, que foi marcada e desmarcada em cima da hora.

“O Sindicato quer transparência da instituição, pois no acordo do plano de saúde está claro que o banco só pode aumentar o valor, após discutir a sinistralidade, e isso não foi feito em nenhum momento”, finaliza Adma Gomes.

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