Os bancários paralisaram, nesta quarta-feira (1º), das 7h às 12h, as agências do Itaú, na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, em protesto contra a insistência dos gestores do banco em revistar as bolsas e outros pertences dos funcionários.
“O Sindicato mantém uma posição muito clara sobre esse assunto. Somos contra qualquer tipo de revista pessoal. Os bancários e as bancárias não podem ser tratados como suspeitos. Ao desconfiar de seus empregados, como poderá o cliente confiar nos bancários?”, pergunta a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Jô Araújo.
Na negociação com a diretoria do Sindicato, ocorrida no dia 19 de março, no Rio, os representantes do banco garantiram que somente grandes volumes seriam revistados. Mas essa determinação não está sendo seguida por muitos gerentes.
“O Sindicato vai manter a fiscalização, visitando as agências e exigindo que as ordens do banco sejam cumpridas pelos gestores, ou seja, sem fazer revistas de bolsas. O constrangimento atinge os próprios vigilantes, que ficam numa posição desconfortável tendo que revirar pertences dos empregados, especialmente as bancárias”, disse o diretor do Sindicato, Reinaldo Gomes Silveira.
O diretor do Sindicato, Carlos Maurício, informou que nas agências da região da Barra da Tijuca e Recreio o gerente de suporte operacional (GSO) deu ordens expressas para que as revistas sejam feitas. “O gestor é um cara de pau. Ele diz que os empregados têm que obedecer a quem paga seus salários e não ao Sindicato. Só que quem paga é o banco e não ele. E o banco disse que não haverá nenhuma revista de objetos pessoais dos funcionários. Ele que espere o nosso troco”, disse Maurício.
Maternidade
A retirada do credenciamento da maternidade Perinatal, com clínicas em Laranjeiras e na Barra da Tijuca, ainda não foi explicada pelo banco. A decisão deixou intrigados os dirigentes sindicais, como o diretor de administração do Sindicato, Jorge Lourenço, para quem é estranho descredenciar instituições especializadas, deixando as grávidas apenas a opção de recorrer a clínicas que nem possuem unidades de terapia intensiva (UTI).
“É uma medida altamente prejudicial para as bancárias, pois elas contavam com um serviço especializado e agora não têm mais”, disse Lourenço.