Bancários paralisam Casa 1 do Santander o dia todo, em São Paulo

A greve dos bancários ganhou o apoio de mais 1,5 mil trabalhadores do Centro Administrativo do Santander, o Casa 1, na terça-feira 6, 13º dia do movimento. Os funcionários superaram a pressão do banco e, apesar da forte presença da Polícia Militar (PM), realizaram uma grande assembleia em que aprovaram a continuidade da paralisação durante o dia todo.

> Fotos: galeria sobre o dia de paralisação no Casa 1 do Santander

“Foi uma grande demonstração de união e vontade de lutar. Os bancários não se dobraram à pressão do Santander e 80% dos trabalhadores votaram pela continuidade da greve pelo resto do dia. Como o banco estava gravando e fotografando tudo e a polícia não saía do local, fizemos uma votação secreta e o resultado mostrou que os bancários estão mobilizados e manterão a greve até que os bancos apresentem uma proposta que atenda nossas reivindicações”, explica o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do Santander Mário Raia.

A paralisação no Casa 1 começou logo nas primeiras horas da manhã. Por volta das 6h, o Sindicato começou a se reunir com os bancários que chegavam para trabalhar e o apoio dos trabalhadores foi praticamente unânime. Pouco depois, às 7h20, o Santander chamou pela primeira vez a polícia para reprimir os grevistas. Os PMs abriram os portões do Casa 1, mas para surpresa do banco e dos próprios policiais os bancários se recusaram a entrar.

Só no período da manhã a polícia foi chamada sete vezes. Por volta das 11h, os bancários decidiram manter as paralisações e começaram a ir embora. Mesmo com as portas do Casa 1 praticamente vazias, os policiais não arredaram o pé e até o início da tarde ainda havia uma base comunitária móvel da PM em frente ao centro administrativo.

Flagrante – O Sindicato chegou no Casa 1 ainda de madrugada, por volta das 4h. Pouco depois, começaram a chegar diversos bancários que foram obrigados pelo Santander a pegar no batente muito antes do horário de entrada.

“Flagramos o esquema de contingenciamento do Santander, que obrigou os bancários a entrar de madrugada, numa clara afronta aos direitos de organização e greve dos trabalhadores. O Sindicato filmou e fotografou a chegada desses bancários e vamos denunciar o banco por isso”, afirma Mário Raia.

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