Os bancários lembraram o Dia Internacional de Combate ao Racismo – instituído em 21 de março pela Organização das Nações Unidas (ONU) – destacando a luta da categoria para acabar com a desigualdade dentro das instituições financeiras.
Em 21 de março de 1960, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul.
Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos. O 21 de março marca ainda outras conquistas da população negra no mundo: a independência da Etiópia, em 1975, e da Namíbia, em 1990, ambos países africanos.
Para os bancários, a data remete à luta contra o racismo nas instituições financeiras. De acordo com levantamento feito por meio do mapa da diversidade, apenas 2,3% dos bancários são pretos.
A grande maioria da categoria (77,4%) é composta por brancos. Outros 16,7% são pardos, 3,3% são amarelos e 0,3% são índios. No estado de São Paulo, 41% dos bancários são homens brancos e 46% mulheres brancas. Apenas 7% são homens negros e pardos e 6% mulheres negras e pardas.
“É bom lembrar que os bancários fazem parte da luta contra o racismo promovendo e participando de diversos atos no sentido de cobrar igualdades de direitos e oportunidades para todos”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Julio César Silva Santos, que é coordenador do coletivo racial.