O centro da cidade de Osasco foi tomado pela Campanha dos Bancários 2011. Assim como aconteceu em São Paulo no dia 12, o mote Bancário não é Máquina foi encenado na quinta-feira 18 por artistas de rua e contou com fantasias, faixas, cartazes, bandeiras, música ao vivo e a tradicional animação da categoria que chamou a atenção das pessoas que passavam no calçadão. Bancários, clientes e comerciantes da região participar da manifestação que ressaltou as reivindicações da categoria.
Logo cedo, os materiais de campanha informavam os bancários da Cidade de Deus. Mais tarde, durante o trajeto pelo calçadão do centro de Osasco, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, falou à população e aos bancários.
“Nossa campanha reivindica melhores condições de trabalho, salário e PLR maiores para categoria, mas também uma mudança de postura dos bancos que têm obrigação de contribuir com o crescimento do país. Para isso, as instituições financeiras precisam gerar mais empregos para atender melhor os clientes”, afirmou.
Antonia Maria Silva, cliente do Banco do Brasil, acompanhava a manifestação do lado de fora da agência e disse que o atendimento no banco está ruim. “Demoramos muito para ser atendidos. Nessa agência, por exemplo, são quatro mesas para prestar atendimento aos clientes, mas apenas um funcionário para realizar o serviço.”
Antonia respeita a manifestação organizada pelo Sindicato, mas mostrou-se cética a respeito da melhoria no atendimento em curto prazo. “Os bancários têm o direito de protestar. É válido, mas eu particularmente não vejo solução. Desde 1997 é assim. Eu vivo registrando minha reclamação na ouvidoria do banco, mas eles simplesmente ignoram”, relatou.
A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, explicou para a população o sentido do mote da campanha. “Bancário não é máquina. Queremos mostrar para a sociedade o sofrimento que é trabalhar em banco.”
As manifestações de lançamento da Campanha Nacional Unificada dos Bancários seguem. Nesta sexta-feira dia 19 os debates chegam aos bancários e clientes do maior centro financeiro do país, a Avenida Paulista. Na próxima semana será a vez dos corredores financeiros das zonas sul, norte, leste e oeste da capital.