A Contraf-CUT, federações e sindicatos aguardam a marcação da reunião solicitada com o presidente do Santander Brasil, Jésus Zabalza, para discutir o problema das demissões e do corte de 4.833 empregos entre os meses de março de 2013 e 2014, sendo 970 no primeiro trimestre deste ano, e do fechamento de agências. Uma nova carta foi enviada nesta terça-feira (3) para a direção do banco espanhol.
> Leia a íntegra da carta enviada.
A correspondência solicita urgência no encontro, lembrando outras duas cartas já enviadas e as manifestações ocorridas durante a jornada nacional de luta (de 13 a 23 de maio), com o apoio de mais de 25 mil clientes de todo o país.
Uma edição do Jornal dos Bancários – Especial Santander, editada pela Contraf-CUT, também está circulando nos locais de trabalho, mostrando a força do ato nacional realizado na última terça-feira (27) em frente à Torre Santander, na capital paulista, cobrando a reunião com Zabalza e intensificando a luta contra as dispensas, por mais contratações e melhores condições de trabalho.
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“A falta de funcionários aumentou a sobrecarga de trabalho e o adoecimento nas agências, prejudicando o atendimento dos clientes e da população. Não é à toa que o banco foi campeão do ranking de reclamações do Banco Central em três dos quatro primeiros meses deste ano”, afirma o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
“Queremos dialogar com Zabalza e mostrar a necessidade de mudança da gestão do banco. Os trabalhadores brasileiros não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria”, acrescenta o dirigente sindical.
Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE do Santander, Maria Rosani, “os bancários remanescentes não aguentam mais a pressão nos locais de trabalho. Os clientes se queixam da qualidade do atendimento. O banco precisa parar de demitir e contratar mais trabalhadores. O movimento sindical quer essa reunião para propor mudanças que possam alterar esse quadro que prejudica os funcionários do Santander e toda a sociedade”.
“Essa postura é ruim inclusive para o resultado do banco no Brasil, que apesar de ter lucro vê reduzir sua participação no resultado mundial, que já foi de mais de 26% e hoje representa 20%. Na Espanha, que não demite compulsoriamente mesmo estando em crise, a participação no resultado do banco aumentou”, salienta Maria Rosani, que também é diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo.