Sem nova proposta dos banqueiros, a assembleia dos bancários realizada na tarde desta sexta-feira, dia 25, no Setor Bancário Sul, em Brasília, decidiu pela continuidade da greve por tempo indeterminado, com a realização de nova assembleia na segunda-feira, dia 28, em frente ao Ministério da Fazenda, logo após a passeata da categoria, que sairá da Praça do Cebolão, às 15h.
O primeiro dia da greve em Brasília registrou forte adesão dos bancários, tanto de bancos públicos quanto de privados, além dos prédios administrativos, mostrando a disposição da categoria na luta pelo atendimento de suas reivindicações.
Levantamento parcial do Sindicato com base nas informações repassadas pelos coordenadores dos comitês de esclarecimento, responsáveis pela organização da greve em pontos estratégicos do DF, mostrou que a quantidade de agências totalmente fechadas em Brasília e cidades satélites chegou a 86%. A adesão chegou a mais de 50% nas agências do Banco do Brasil, a quase 70% nas agências da Caixa e à quase totalidade no BRB. A adesão também foi maciça nos prédios administrativos.
“Os números superaram nossas expectativas, ultrapassando inclusive os da greve do ano passado. Esse é o recado dado pelos trabalhadores contra o abuso dos bancos. Com muita garra e determinação, vamos fazer crescer ainda mais o movimento, de modo a pressionar a Fenaban a rever e melhorar aquilo que eles chamaram de contraproposta”, assinalou o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.
Em todo o Brasil, segundo balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), foram 2.881 agências bancárias fechadas no primeiro dia, além de centros administrativos de todos os bancos, em todas as capitais e em inúmeras cidades do interior onde há presença de instituições financeiras.