Agência prime do Bradesco paralisada no Centro do Rio de Janeiro
Os bancários realizaram nesta terça-feira, dia 7, em todas as regiões do Brasil, uma mobilização pela valorização dos funcionários do Bradesco. No Rio, houve paralisação em unidades do centro financeiro da cidade. A atividade foi definida no Encontro Nacional, realizado entre os dias 2 e 4 de abril, em Atibaia (SP), que também atualizou a pauta de reivindicações específicas a ser discutida de forma permanente com o banco.
As principais bandeiras dos bancários são: a criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), melhores condições de trabalho e de saúde, parcelamento do adiantamento das férias e auxílio-educação para todos os empregados.
Propaganda x realidade
Em suas campanhas publicitárias, o Bradesco apela a sentimentos de valorização do ser humano, mas, na prática, o banco faz o contrário com seus funcionários. Fazendo alusão ao robô que o banco usa na propaganda, a campanha de valorização do funcionalismo explora essa contradição, com o slogan “Em vez de valorizar o bancário, o banqueiro explora, impõe metas abusivas, pratica assédio moral e não negocia as principais reivindicações dos funcionários”, afirma o presidente do Sindicato Almir Aguiar.
Privilégios para o alto escalão
O Bradesco, como a maioria dos bancos, privilegia o alto escalão da empresa, em detrimento dos demais funcionários. Os executivos recebem bônus milionários e ajuda para cursos de pós-graduação nas melhores universidades.
“Na hora de pagar a PLR dos bancários é aquela choradeira de sempre. Além disso, o banco é o único entre as maiores instituições financeiras que não oferece auxílio-educação aos bancários”, critica o diretor do Sindicato Geraldo Ferraz.
O Sindicato voltou a cobrar também um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) justo e transparente, como forma de garantir a igualdade de oportunidades e a valorização profissional, além de auxílio-educação e melhorias no plano de saúde.
Os bancários defendem ainda um novo item de reivindicação: o parcelamento do adiantamento das férias em até 10 vezes mensais, de forma facultativa, sem acréscimo de juros ou encargos. O objetivo da proposta é evitar que os bancários sejam obrigados a recorrer a empréstimos para se recompor financeiramente quando retornam de férias.
Agência sem porta giratória também parou
Além das agências da Avenida Rio Branco, a atividade dos bancários parou também a unidade Rio Centro, que fica na Rua Buenos Aires, 56. O protesto é uma resposta a decisão do Bradesco de reinaugurar a agência, que funciona sem porta giratória e sem condições mínimas de acessibilidade.
“A pressa do banco em lucrar acaba colocando em risco a vida de empregados e clientes. É bom lembrar que o Bradesco foi multado em mais de R$770 mil por falhas na segurança apontadas pela Polícia Federal”, lembra o diretor do Sindicato Marcelo Pereira.