Bancários em greve realizam ato fúnebre em frente ao BB em Campo Grande

No terceiro dia da greve nacional em Campo Grande, os bancários fizeram uma grande mobilização em frente à agência do Banco do Brasil da Avenida Afonso com a Rua 13 de Maio, no centro da cidade. Os grevistas repudiaram a atuação da gerência do BB que vinha constrangendo os funcionários para que trabalhassem dobrado durante a greve, usando a arbitrariedade do contingenciamento para forçar os bancários a enfraquecer o movimento grevista, que é legítimo e assegurado em lei.

Na manifestação realizada na entrada da agência, foi organizado um cenário fúnebre com um caixão, enterrando simbolicamente a gerência do BB, faixas e cartazes sob forte barulho de apitaço e buzinaço, contestando a posição da Fenaban que ainda não se manifestou em promover uma nova rodada para reiniciar as negociações.

A Polícia Militar compareceu no local, mas logo entendeu ser legítima a paralisação, orientando o comando da greve para se comporte dentro da lei, não se opondo ao ato de conscientização do trabalhador para que este venha participar da greve que é de interesse de todos.

APOIO DE OUTRAS CATEGORIAS

A paralisação dos bancários de Campo Grande e Região por melhores salários e boas condições de trabalho, que tem reflexo direto no movimento sindical, contou com a participação de outras categorias, que estão sendo solidárias neste importante momento da campanha nacional.

Dirigentes sindicais da CUT, Transportes Coletivos e Urbanos, Vigilantes, Correios, Trabalhadores Indígenas, entre outras, engrossam as fileiras dos bancários na greve.

A greve também ganhou força em todo o Brasil, aumentando o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados em 25 estados e no Distrito Federal.

Em Campo Grande, das quase 100 agências bancárias existentes, mais de 70 continuam fechadas. Segundo a presidenta do Sindicato, Iaci Azamor Torres, “é importante que população se conscientize que o nosso movimento não visa apenas o aumento salarial, mas busca uma forma de promover a segurança e comodidade de todos usuários dos serviços bancários. As portas giratórias não visam apenas a segurança dos funcionários, mas de todos os clientes. A população tem que ser esclarecida sobre isso”.

A sindicalista também alerta para a precarização do atendimento. “Os correspondentes não têm responsabilidade sobre os dados pessoais sigilosos, isso é responsabilidade dos bancos e eles têm que assumir”, aponta. “Além disso, eles não oferecem segurança”.

Também faz parte das negociações a ampliação no horário de atendimento, com as agências abertas ao atendimento público das 9h às 17h, com a volta de dois turnos de trabalho. “Dessa forma, o correntista seria atendido melhor nas agências e postos de atendimento”, salienta.

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